Copasa e Governo seguem esperando o pior para iniciar campanha de uso consciente da água

A crise hídrica de 2014 foi debelada graças a investimentos do governo de Minas que na ocasião somaram R$128 milhões, permitindo a captação de água do Rio Paraopeba, antes da tragédia de Brumadinho. Porém, todo esse esforço foi por água abaixo após o Córrego do Feijão ser atingido pela lama da Vale. Você deve estar se perguntando, por que da lembrança de algo que todo mundo já sabe, em setembro de 2019, e eu explico. 
 
Não é preciso ser especialista e nem vidente para perceber que a falta de água na Capital já é uma realidade. O que parecia resolvido em 2016, com a conclusão das obras de bombeamento do Paraopeba para o abastecimento de BH e Região Metropolitana garantindo abastecimento até 2020, já não pode ser mais considerado. 
 
O Rio das Velhas que é responsável por 60% da água consumida em BH apresenta problemas para captação à fio d’agua. Já o Rio Manso, o sistema Serra Azul e a represa Varzea das Flores estão com seus estoques descendo a passos largos. A somatória de tudo isso é um sinal inequívoco de alerta que já  deveria ter servido para Companhia de Abastecimento (COPASA) já ter iniciado campanha para uso consciente da água. 
 
Andando pelas ruas de BH é possível encontrar gente “varrendo” calçadas com mangueiras ligadas como se nada estivesse acontecendo, desperdiçando este bem tão precioso que sempre existiu em abundância na cidade. A responsabilidade do poder público nas ações preventivas de contenção do desperdício é tão importante quanto as ações efetivas de armazenamento e provisão de novos mananciais.
 
Com efeito, passou da hora do governo de Minas, via Secretaria de Comunicacao agir pro ativamente lembrando a população que é necessário usar a água com parcimônia e responsabilidade. Esperar que todo mundo tenha consciência e percepção de que o calor, bem como a estiagem prolongada significa riscos de falta  de abastecimento, é ingenuidade. O povo tem memória curta e comportamento inadequado em relação a consumo. Lata d’água na cabeça é coisa do passado, mas que neste compasso, corre o risco de virar realidade.
 
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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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