Quem circula pelo tradicional Mercado Central de BH percebe que o queijo é um dos principais produtos comercializados no mix oferecido a quem frequenta o local. Um olhar atento nas centenas de lojas que comercializam o queijo de Minas, a predominância é dos procedentes de Araxá, Serro e da conhecida região da Serra da Canastra, com destaque especial para os de São Roque de Minas e os da cidade de Araxá.
Porém, quem acha que a produção do queijo concentra-se somente nestas microrregiões, engana-se. O produto é fabricado praticamente em todo o território Mineiro. Pensando nisso, produtores de outras regiões menos conhecidas na fabricação de queijo, com o apoio da Belotur, Prefeitura de BH e de várias associações regionais estiveram na capital para ocupar uma das principais avenidas da Savassi e mostrar que tem queijo para todos os gostos e bolsos. Dos mais simples aos mais sofisticados, o queijo mineiro ganha espaço e fama internacional, movimenta o mercado de turismo e a economia das cidades e do estado.
A “1a Festa do Queijo de BH” aconteceu no último domingo, no quarteirão fechado da Av. Getúlio Vargas entre Rua Alagoas e Rua Fernandes Tourinho. O projeto visa mostrar que o queijo de minas é muito mais do que parece em termos de variedade e regiões produtoras. Do Cerrado, passando pelo queijo do Triângulo, Campo das Vertentes, Serra do Salitre, Sul de Minas, Mantiqueira, Jequitinhonha, seja ele artesanal ou industrial, Minas é o maior produtor do país e pode se orgulhar disso.
Cada região do Estado recebeu influência de uma ou mais nacionalidades desde os tempos do Brasil Colônia. Portugueses, Holandeses, Italianos, Franceses e até Dinamarqueses deixaram receitas que são usadas até hoje no queijo feito com leite de vaca, cabra, ovelha e búfala. São dezenas de tipos: Branco, com raspa e moreno, queijos de mofo branco e azul, como gorgonzola e brie, olhadura, requeijão, parmesão, queijo do reino, cuja casca é avermelhada; queijos de massa semi cozida, e o tradicional cabaçinha do Vale do Jequitinhonha. Tem queijo para atender de A a Z sem perder a pose perto dos suíços, franceses e italianos.
A Feira do Queijo teve oficinas, degustações e harmonizações de queijo com café, com cervejas, doces e vinhos. Uma das organizadoras foi a cerveja Wals. As próximas edições da Feira podem ficar ainda melhores se forem bem divulgadas e os preços de produtos comercializados puderem ser menos salgados. Aliás este é um impeditivo e um erro recorrente na maioria dos eventos de rua que acontecem em BH. Se ao invés de ganhar muito os expositores e comerciantes aprendessem a ganhar em escala, com certeza o sucesso poderá ser ainda maior.
Fica a dica para os organizadores desta e de outras feiras itinerantes que frequentemente ocupam ruas, avenidas e praças de BH.
jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945