Máscaras foram glamourizadas, além de proteger a saúde servem aos egos fragilizados que precisam de marcas

POR: Jussara Ribeiro – Jornalista e articulista no Blog

Vivemos em uma sociedade de utopistas, devaneadores, seguidores baratinhos da última palavra da moda. Não há lugar para homens autênticos, honestos e simples numa sociedade que glamouriza até o uso de máscaras de proteção. Tudo vira espetáculo para as mídias sociais!

Depois que a astuciosa Organização Mundial da Saúde – OMS voltou atrás e reconheceu o óbvio, que as máscaras são um eficiente meio de proteção, os moderninhos passaram a posar para fotos usando máscaras de bichinhos e desenhos “criativos”, para dizer que estão protegendo quem eles amam. Há quem se preste a posar de máscara de marcas conhecidas, pasmem.

O artefato deixou de ser um EPI para se tornar um objeto de manifestação de amor à humanidade. As máscaras são, sim, um forte aliado na proteção contra a Covid-19. Mas, daí, terem-se tornado objeto de exibição de fashionista, dá-me paciência! Sinceramente, são necessárias doses cavalares para conviver sem perder a tolerância com gente tão frívola, desconectada da realidade.

Penso que talvez esteja aí a dificuldade de aceitação do Presidente Jair Bolsonaro para essas pessoas. Elas não conseguem aceitar que um homem simples, despojado de vaidades, verdadeiro, humilde, que expressa com liberdade o pensamento próprio, possa estar ali no posto mais importante do país. Esse posto há de ser ocupado por gente pomposa como elas, que exageram na mentira e na falsidade.

Nutro respeito por ele exatamente por essas qualidades. Ele não faz gênero do politicamente correto, do moderninho, “antenado” às tendências. Ele convive com os diferentes, respeita as pessoas, cumpre o rito sem sacrificar a liberdade, desapegado dos padrões vigentes que escravizam os fracos e vaidosos.

Há uma grande diferença entre o silêncio respeitoso, verdadeiro, e a anuência estridente dos mentirosos que, para sobreviverem, fingem aceitar todas as experimentações, extravagâncias, tudo que é contrário às tradições e à nossa cultura.

Há tempos venho experimentando o constrangimento de ser das poucas pessoas a usar máscara durante voos que faço, depois de passar por anos a fio contraindo vírus de gripe nas minhas incontáveis viagens a trabalho. Certa vez, entrei num avião que vinha de Tóquio, numa conexão em Los Angeles, e vi que a japonesada toda estava usando máscaras. Perguntei ao comissário por quê? Ele me explicou que os japoneses têm o saudável hábito de usar máscaras quando estão doentes, em viagens de avião ou, simplesmente, em locais de grande aglomeração.

Alertei sobre o benefício das máscaras no inicio da pandemia

No início da pandemia alertei pessoas próximas e conhecidas nas redes sociais que o uso das máscaras era eficaz. Falei inclusive com um assessor muito próximo ao Presidente Jair Bolsonaro que, seguindo orientação da OMS e do então ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse que elas não eram recomendadas.

Pois bem, a OMS reconheceu o óbvio, o tal ex ministro talvez devesse se lembrar um pouco mais do elementar em saúde, e eu me sinto esperançosa de que nós, brasileiros, possamos reduzir as transmissões virais fazendo mais uso das máscaras em ambientes públicos, incluindo os aviões e transportes de massa. Então, é melhor tolerar os bobos que pensam que fazem disso um gesto político de heroísmo. Com efeito, as máscaras realmente funcionam e podem salvar vidas.

Jussara Ribeiro é Jornalista em Belo Horizonte

 

 

 

 

 

   
By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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