Foto: Acervo Vecchio Signo
O conhecido e premiado Chef de cozinha Ivo Faria joga a toalha e fecha o seu restaurante Vecchio Sogno, após 25 anos de funcionamento e sucesso reconhecido como um dos melhores e mais bem frequentados de Belo Horizonte. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (19) através das redes sociais e deixou até os mais céticos surpreendidos.
O Vecchio Sogno funcionou por duas décadas e meia em anexo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais – ALMG, na Rua Martim de Carvalho no bairro Santo Agostinho, endereço nobre de BH, e foi frequentado pela elite empresarial e política da capital, inclusive o prefeito Alexandre Kalil, artífice de toda essa tragédia na economia da terceira cidade mais importante do país. Ainda sim, foi poupado por Ivo Faria que além de talentoso Chef de Cozinha, é um empresário discreto e reconhecido por ser um Gentleman.
Foto: Acervo internet – O Curinga de BH
Ivo foi um dos maiores críticos do Plano Diretor que tirou negócios da cidade e empurrou a construção civil para municípios vizinhos e até para outros estados. O empresário sempre teve consciência da importância dos negócios e participou de forma discreta, mas ativa de bons combates a favor da capital.
Ele também atuou na tentativa de reativação do Aeroporto da Pampulha e sempre lembrava nas reuniões sobre o tema dos bons tempos em que seu restaurante lotava de segunda a segunda com executivos que vinham de todas as partes do mundo fazer negócios em BH. Desde que assumiu a prefeitura, Alexandre Kalil conseguiu espantar investidores e transformar Belo Horizonte em uma terra arrasada.
Nota publicada nas redes Sociais do Chef e empresário Ivo Faria do Vecchio Sogno
Ivo comentou, em nota, de forma polida e politicamente correta que o fechamento deve-se ao “cenário de instabilidade econômica do país gerado, principalmente, a partir da pandemia e da falta de perspectivas a curto/médio prazo para sustentação dos negócios que depende da presença do público para funcionar”. O empresário disse ainda que “não responsabiliza nenhuma instituição, governo ou entidade, mas entende que o momento não é propício para a continuidade do negócio uma vez que o alto custo de manutenção do estabelecimento, que emprega 60 pessoas incluindo chefs de cozinha, cozinheiros e ajudantes de cozinha, confeiteiros, garçons, maîtres, sommeliers, profissionais de limpeza, administrativo, financeiro, além de estagiários”, ressaltou.
O idealizador do restaurante mais premiado da capital Mineira encerra dizendo que “este definitivamente, ao contrário do que possa parecer, não é o fim do Vecchio Sogno. O Chef Ivo Faria está desenvolvendo novos projetos em parceria com investidores, e assim que possível, irá anunciá-los ao publico” encerra a nota.
Trata-se de mais uma das milhares de baixas no setor de gastronomia que não suportou a fúria da administração Kalil para tirar da cidade a sua vitalidade e deixá-la de pires nas mãos no modelo populista e assistencialista que a esquerda que governa BH desde 1992, quando a cidade começou sua espiral de decadência.
Antes do Vecchio Sogno, restaurantes famosos e também muito bem frequentados como A Favorita, Gomide, Darthagnan, Mes Amis, Armazém Medeiros e mais sete mil estabelecimentos fecharam as portas em BH, segundo informações da Abrasel, entidade que vem lutando para tentar salvar o setor que, além de negócio empresarial, sustenta milhares de famílias, e é produto turístico da capital mineira.
Ninguém aguenta mais!
José Aparecido Ribeiro é jornalista independente em Belo Horizonte
Contato: jaribeirobh@gmail.com.br – WhatsApp: 31-99953-7945 – www.zeaparecido.com.br
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