Ao manipular informações, Estadão tenta criar intriga entre empresários e a Federação das Indústrias de Minas Gerais, por meio de fake news para enfraquecer o presidente da República
O jornalista Carlos Eduardo Cherem do Jornal Estadão disse em matéria intitulada “Empresários de Minas reagem à Fiemg e lançam novo manifesto em defesa da democracia”, que empresários estão uns contra os outros em Minas em virtude de um Manifesto da Federação das Indústrias de Minas Gerais – Fiemg, publicado na ultima terça-feira 31 de setembro.
O Manifesto da Fiemg defende os direitos individuais, a liberdade de expressão e o devido processo legal em qualquer ação do Supremo Tribunal Federal – STF, detalhes que são pilares de um estado democrático de direito e que não vem sendo respeitados por alguns ministros da corte suprema do país.
O repórter relata que horas após o presidente da Fiemg divulgar documento, com críticas ao Supremo Tribunal Federal, um grupo de empresários se reuniu para confeccionar uma carta de apoio ao STF e repúdio ao manifesto da Federação das Indústrias. O que não é verdade.
O Manifesto Mineiro ao Povo Brasileiro, publicado no dia seguinte e em conjunto às comemorações do bicentenário da Independência, não tem como destinatário a Fiemg, mas autoridades federais, e será entregue no dia 7 de setembro ao presidente da República Jair Bolsonaro. Muito menos o seu conteúdo é contrário ao posicionamento da Fiemg.
O documento assinado por empresários citados na matéria MALDOSAMENTE foi idealizado pelo presidente da Associação Comercial de Minas – ACMinas, entidade centenária e parceira da Fiemg, cujo presidente é o advogado José de Anchieta da Silva. Nele não existe qualquer menção ao Manifesto da Fiemg, o documento fala de reforma político eleitoral; reforma administrativa; reforma do sistema de educação, acrescentando que só ela transforma as pessoas; a reforma do sistema de segurança, a reforma orçamental e econômica, e a reforma do sistema tributário.
Foto: Acervo – Instituto dos Advogados do Brasil – Presidente da ACMinas José de Anchieta
O nome do documento remete propositadamente ao manifesto dos mineiros de 1943 que pedia o fim do estado novo e a redemocratização do Brasil, ou seja, estava pronto há muito tempo e não tem pretensão de confrontar a entidade que representa a indústria Mineira.
Ao contrário, um corrobora com o conteúdo do outro e são complementares. (veja o Manifesto da Fiemg em matéria anterior no blog e o Manifesto dos Mineiros no site da ACMinas). Fica evidente o oportunismo do editor e do jornalista que descontextualizam os fatos na tentativa de tirar deles proveito político contra o presidente da República que em suas redes sociais, publicou o Manifesto da Fiemg pela Liberdade.
O episódio é mais uma prova inequívoca de que parte da imprensa age como partido político afrontando o presidente e instituições que ao longo da história sempre foram parceiras em lutas pela liberdade, pelos direitos fundamentais e pelo livre mercado.
Foto: Acervo Fiemg – Presidente Flávio Roscoe Nogueira
Esperam-se do jornal, se ainda resta ética e compromisso com a verdade, que seja franqueado aos empresários e associações, bem como a Federação das Indústrias, o direito de esclarecimento e resposta.
Ataques explícitos ou velados ao presidente ou a instituições privadas por meio de prática de fake news é crime e não pode ser tolerado, sobretudo vindo de um veículo de comunicação com penetração nacional e que se arvora ferrenho combatente de notícias falsas. Casa de ferreiro o espeto tá parecendo de pau. Faça o que eu falo e não o que eu faço!
José Aparecido Ribeiro é jornalista
Contato: jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945 = www.zeaparecido.com.br
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