A arrogância dos entrevistadores faz crer que eles se acham mais importantes do que o entrevistado
Foto: O Globo – Reprodução Internet
Durante 40 minutos o presidente da República que é candidato a reeleição foi pressionado por dois inquisidores disfarçados de jornalistas, (Willian Bonner e Renata Vasconcelos). O que se viu na primeira entrevista de candidatos às eleições presidenciais na noite desta segunda-feira (22) no Jornal Nacional da TV Globo, foram tentativas sem êxito de intimidação. Faltou só o “bótom” do PT no lado esquerdo do paletó dos apresentadores.
Willian Bonner e Renata Vasconcelos de certo fugiram das aulas de psicologia na faculdade de jornalismo, ou nem se dão conta de que o corpo e as imagens falam mais do que mil palavras. Eles não tiveram a menor preocupação em esconder o que suas feições falavam durante a entrevista com o candidato Bolsonaro. Não conseguiram esconder o que seus corações sentem. Um espetáculo de insensatez e arrogância com um convidado que por acaso é presidente do Brasil.
Ambos pareciam inquisidores investidos de poder e soberba. Eles revelaram mais do que falta de profissionalismo, conseguiram escancarar o próprio caráter. A soberba é marca registrada dos repórteres da emissora e motivo da decadência no jornalismo e na dramaturgia global. Não é por acaso que descem ladeira e perdem espaço. Em dado momento cheguei a pensar que o apresentador possui bola de cristal e já sabe o resultado das eleições, tamanha a insistência em fazer Bolsonaro se comprometer cegamente pelo veredicto do TSE antes do pleito.
Se havia dúvidas sobre a militância dos dois âncoras do Jornal Nacional, depois desta seção inquisitória, as dúvidas cessaram. Do início ao fim, usando de estratégia intimidadora, arranjos textuais os dois pareciam promotores de justiça em desempenho no Tribunal do Juri, contra um réu confesso de estupro seguido de homicídio, cuja pena sugerida é a prisão perpétua.
Tentaram de todas as formas intimidar o entrevistado e provocá-lo. Fizeram ilações, debocharam, foram cínicos, desrespeitosos, insultaram e conseguiram no final aumentar a antipatia do povo brasileiro a eles e à emissora que virou partido político. Poucas vezes presenciei tamanha falta de profissionalismo e pedantismo de dois jornalistas no exercício da profissão. De certo possuem sua própria ética, que não é a do bom jornalismo.
Mais uma vez a Globo manda às favas a ética jornalística esquecendo-se da sua responsabilidade social, de que não é dona da verdade e nem da concessão que usufrui. Não assistimos uma entrevista que pudesse agregar valor, como manda o bom jornalismo, vimos uma sessão se arrogância na tentativa de enfraquecer o entrevistado.
Bolsonaro não é bom de briga, não foi na casa do inimigo para confronto, estava desarmado, foi com seu jeito simples, responder perguntas, e saiu maior do que entrou. A sensação que ficou foi a de que os entrevistadores queriam ser mais importantes do que o entrevistado, esquecendo que ele é o presidente do país, ou se preferirem, sua excelência o entrevistado.
Nenhuma pergunta inteligente que pudesse ser útil para o publico foi feita, apenas jargões conhecidos e usados pela esquerda. Fica nítida a inversão de papéis. Se a Globo deixou de reportar noticias e passou a agir como um partido político, sua concessão precisa ser questionada, pois está explícito o seu engajamento partidário no lugar do jornalismo ético.
Vamos ver qual será o tratamento dado aos demais candidatos, em especial o que foi descondenado na canetada, deixando de ser criminoso e passando a ser “santo” com o aval da imprensa e de jornalistas que se dizem defensores do estado democrático de direito. Ou eles não tem memória?
José Aparecido Ribeiro é jornalista
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