A meningite C, conhecida como meningocócica, é a mais frequente no Brasil , causada pela bactéria Neisseria Meningitidis
Foto: Reprodução Rede Mater Dei de Saúde – Vacinação contra a Meningite
Entre os dias 24 e 30 de abril entidades médicas alertaram sobre a necessidade de combater a Meningite em todo o estado de Minas Gerais. A vacinação foi ampliada até julho. Vale lembrar que o imunizante é disponibilizado para a população temporariamente de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde. Para se vacinar é necessário apresentar um documento de identificação com foto e o cartão de vacinação em um dos centros de saúde da capital da capital ou de cidades do interior de Minas Gerais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBim), a meningite C, conhecida como meningocócica, é a mais frequente no Brasil e é a causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Trata-se de uma bactéria perigosa que leva à morte cerca de 20% a 30% das pessoas que adoecem. Ela também deixa sequelas em 10% a 20% das pessoas que são contaminadas. As mais comuns são: surdez, amputação de membros ou comprometimentos neurológicos.
Foto: Reprodução Internet – Dr. Henrique Freitas da Silva – Chefe da Neurologia do Hospital Mater Dei
O Blog conversou com o médico neurologista da Rede Mater Dei de Saúde, Henrique Freitas, e ele falou dos sintomas iniciais que são semelhantes aos de diversas enfermidades, o que torna o diagnóstico mais complicado. Entre eles estão: febre alta, dor de cabeça, expressiva queda do estado geral, náusea, vômito e aumento da sensibilidade à luz (fotofobia). “Quem é contaminado com a bactéria da meningite C pode apresentar outros sinais mais significativos, como rigidez do pescoço e da nuca — que podem não estar presentes, sobretudo em lactentes (crianças com até 2 anos) — e manchas marrom-arroxeadas provenientes de pequenos sangramentos dos vasos da pele”, diz o médico.
Segundo o especialista, o dia entende-se por meningite o processo inflamatório das meninges, membranas que revestem o sistema nervoso central, incluindo cérebro e medula espinhal. “Esse processo pode ser infeccioso ou não. Quando abordamos as causas infecciosas temos dois grupos principais, as meningites virais e as meningites bacterianas. Esta distinção é importante uma vez que as meningites bacterianas devem ser identificadas e tratadas prontamente, evitando sua evolução grave”, explica.
Henrique Freitas afirma que as meningites virais são provocadas por inúmeros vírus e dependem de características próprias. Já as meningites bacterianas, em sua maioria, são transmitidas por via aérea e há inúmeras bactérias que podem estar associadas a elas. “As meningites virais são mais comuns, muitas vezes leves e melhoram espontaneamente, não demandando tratamento específicos. Elas são subdiagnosticadas”, revela.
Os cuidados durante o período de inverno devem ser redobrados, segundo o neurologista, que recomenda atenção neste período do ano. A permanência em espaços fechados com pouca circulação de ar, deve ser evitadas, isso por que a transmissão das meningites infecciosas ocorre majoritariamente por via respiratória.
“Os cuidados envolvem proteção com máscaras em caso de tosses, manter a circulação de ar e a higienização das mãos – muito semelhante aos cuidados na prevenção da Covid-19. As meningites bacterianas são mais graves e devem ser prontamente identificadas. São tratáveis e respondem muito bem aos medicamentos disponíveis, geralmente, antibióticos. Se tratada rapidamente, a regra é uma recuperação completa. Caso o diagnóstico não seja feito com agilidade, a evolução é sempre muito grave, com o óbito ou sequelas neurológicas signifucativas”, alerta Freitas.
Embora a vacinação seja importante, ela não garante 100% de eficácia. O neurologista reforça que apesar de não zerar a chance de infecção por outro subtipo, ocorre redução de risco, mas alerta para a gravidade, sugerindo que prevenção é o caminho para evitar a doença, especialmente em idosos, crianças e portadores de morbidades.
Sobre a Rede Mater Dei de Saúde
Aos 43 anos de serviços prestados, a rede Mater Dei de Saúde se ancorada em três princípios: Inteligência e humanização como pilares do atendimento; tecnologia como apoio da excelência; e solidez das governanças clínica e corporativa. Os serviços médico-hospitalares disponibilizados tem foco em toda a família, nas diversas fases da vida, sempre buscando qualidade assistencial e profissionalismo com excelência. A Rede Mater Dei é uma das que mais crescem no ramo da saúde no Brasil. Acolhimento e valorização da vida é premissa no dia a dia do Mater Dei em suas 8 unidades em quatro estados.
A Rede de Saúde Mineira possui unidades nos seguintes estados e cidades:
Minas Gerais: Hospital Mater Dei Santo Agostinho, Hospital Mater Dei Contorno, Hospital Mater Dei Betim-Contagem, Hospital Mater Dei Santa Genoveva, CDI Imagem e Hospital Mater Dei Santa Clara
Bahia: Hospital Mater Dei Salvador e Hospital Mater Dei Emec
Goiás: Hospital Mater Dei Premium
Pará: Hospital Mater Dei Porto Dias
Breve Curriculo do Dr. Henrique Freitas da Silva. Graduação: Faculdade de Medicina da UFMG. Fez residência em Neurologia Clínica. Fellhowship em doenças desmielinizantes – CIEM UFMG. É Coordenador do serviço de neurologia do Pronto Socorro do Hospital Mater Dei – Unidade Santo Agostinho. Neurologista clínico do Centro de Especialidades Médicas – Unidade Sagrada Família
A foto de capa é do CEO do Grupo Mater Dei de Saúde, Dr Henrique Salvador.
O Blog foi provocado pela Link Comunicação – Jornalista Jaqueline da Mata.
José Aparecido Ribeiro é jornalista e assessor de comunicação dos Médicos pela Vida – MPV
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