É inacreditável a incapacidade da BHTrans e da PBH compreender que BH precisa de mais obras e menos puxadinhos.
Vejam o caso do Buritis, bairro mais populoso da Capital, debaixo do bigode dos engenheiros da empresa responsável pelas soluções de mobilidade.
Não se entra ou sai do buritis sem passar pela Mario Werneck. Um caos permanente que parece invisível para quem tem o dever de administrar a cidade.
A topografia pede pelo amor de Deus para eles agirem e eles seguem com o discurso vazio e inócuo de que a cidade é para as pessoas e não para os carros. Como se carro tivesse vida própria ou fosse conduzidos por ETs.
Espantoso também é apassividade do Belo Horizontino. Todos os dias nos mesmos lugares passam horas parados e são incapazes de abrir a boca, enfartam dentro dos seus carros, mas não reclamam.
Tenho a sensação que a engenharia parece ter divorciado de BH. Só se ouve desculpas e o velho jargão de que carro está fora de moda. Que o moderno é andar de bicicleta e de BRT.
Enquanto isso as obras que a cidade precisa para eliminar mais de 150 gargalos crônicos seguem invisíveis. É preciso um basta na tese absurda de que obras não resolvem.
Radares, afunilamento de vias, alargamento de passeios, ciclovias de enfeite, discurso moderninho contra o carro, BRT entupido de gente, conversa para boi dormir não resolvem. A cidade precisa de atitude e soluções urgentes que incluem asfalto decente, rotas alternativas, eliminação de sinais e cruzamentos saturados, túneis, viadutos, trincheiras, elevados, vias expressas, monotrilho, VLT etc. Ninguém aguenta mais tanta mediocridade e desculpas esfarrapadas. Quero o meu direito de deslocar pela cidade com fluidez, e não aceito mais conversa mole.
José Aparecido Ribeiro
Cidadao de BH – Consultor em Assuntos Urbanos
Membro da Comissão Técnica de Transporte da SME
Presidente da ONG SOS Mobilidade Urbana
CRA MG 08.0094/D
31-99953-7945