Prezado Mario Fontana
Peço venia para discordar deste nobre jornalista e concordar com o leitor que afirma existir uma famigerada indústria da multa na Capital. Provas não faltam. Tudo dentro da legalidade, mas de uma imoralidade que dói no bolso de milhares de cidadãos cumpridores dos seus deveres no trânsito.
O assunto virou negócio é é o principal foco da BHTrans, ao invés da fluidez do trânsito.
De santa a PBH não tem nada. Se este jornalista soubesse quem é o maior beneficiário desta farsa, sou capaz de apostar que ficaria de boca aberta, mesmo com tantos anos de praia e experiência comprovado no ofício.
Mas não estou aqui para dizer quem é o beneficiário dessa picaretagem desmedida, segundo "especula-se" por aí. As cifras são medidas em "bi" e não mais em "mi". E dizem por aí que podem bancar campanhas até para governadores…
Estou aqui para lhe dar alguns dados importantes para formação da sua opinião e da opinião pública, a respeito do tema.
Nenhum cidadão em sã consciência seria contrário a radar, se esses fossem instalados para pegar os que cometem excessos, em locais onde são necessários para evitar acidentes e atropelamentos. Em BH, pasme, eles são instalados onde arrecadam mais, através de pesquisas feitas por quem fornece e não por quem contrata…
Bastaria que a velocidade, nos grandes corredores, onde não há transito de pedestres fosse 70km e não 60km, para que 83% das multas por ""excesso"" deixassem de existir. A maioria das notificações acontecem por uma diferença de 1 a 5 km/h. Só isso prova a indústria da multa e o tamanho da sacanagem.
O pior são os detectores. Nos locais onde estão instalados, o tempo do sinal amarelo, acredite, é 1 segundo menor do que onde não há detectores. Pegadinha sutil e sorrateira, que passa desapercebida pela maioria das pessoas mortais, para esse colunista atento e em especial para o Ministério Público, ocupado com coisas mais "sérias", como correr atrás de bancas do jogo do bicho.
Seguimos ligados ao que passa desapercebido pela maioria dos cidadãos desta cidade, por vezes falando ao vento. Um dia, quem sabe nossos sussurros sejam ouvidos, e absurdos como esse tornam-se públicos.
Respeitosamente
José Aparecido Ribeiro
Leitor da sua coluna
Cidadao de BH
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