A decisão do STF de aceitar o ex-advogado do PT, afilhado do ex-presidente Lula, indicado por ele ao cargo de Ministro do Supremo, Dias Tofoli à frente do processo do Petrolão apesar de legal, é imoral e foge ao principio da razoabilidade do Direito Positivo. Embora as decisões sejam colegiadas, com a participação de outros 4 Ministros, a presidência dos trabalhos neste caso exige imparcialidade e senso do que está de fato acontecendo no País, sem o viés ideológico, nem tampouco sem interesses corporativistas partidários. O gesto revela a distancia daquela Côrte dos problemas e dos anseios da sociedade, especialmente da parte mais esclarecida.
Dá a impressão que o Supremo acredita que a massa “critica” brasileira resume-se aos beneficiários dos programas bolsa família e do minha casa minha vida. Eles até podem definir uma eleição, mas são parte e não o todo da população. O STF desconsidera, com essa decisão, a leitura dos que produzem e bancam a festa patrocinada com chapéu alheio pelo Partido dos Trabalhares e seus aliados. Festa que quebrou o país e serviu apenas para reeleger a Presidenta Dilma. Vale ressaltar que o modelo de democracia que o Brasil esta vivendo dá ao populacho, poderes para os quais ele ainda não está devidamente preparado, já que o voto é um ato de cumplicidade sem a devida responsabilidade. “A democracia permite a qualquer um, o que não é recomendável para qualquer um” (Platão: Sec. IV a.C) , o exercício do poder.
Embora tenha ficado claro nas eleições, que o povo parece satisfeito com o governo que tem, o pós eleição está mostrando que discurso e pratica caminham em sentidos opostos. Tudo que ouvimos na campanha presidencial pela “Presidenta” Dilma, está acontecendo contrariamente as suas promessas. O país está mergulhado em uma crise econômica sem precedentes e com consequências imprevisíveis. Se não bastasse, com o advento das delações premiadas no episódio do “Petrolão” um quadro estarrecedor de corrupção envolvendo os partidos da base aliada da Presidenta mostra que a coisa publica esta nas mãos de bandidos, e a Mandatária perdeu o controle.
Por hora é a Petrobras, mas ninguém tem duvidas que a corrupção endêmica, confessadamente instalada nos últimos 12 anos, esteja em outras empresas públicas. Portanto, se o STF permitir que o Ministro Dias Tofoli, afilhado de Lula e ex-advogado do PT assuma a 5ª turma do STF e coordene os trabalhos de julgamento da maior ação de corrupção da história, estará dizendo para a sociedade que além de desinformada, ela é burra, passiva e cega. As consequências disso podem ser nefastas para o Brasil, já que a parte esclarecida apesar de preterida, espoliada e decepcionada, não está morta…
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos
Licenciado em Filosofia
CRA-MG 08.0094/D
31-9953-7945