O tempo passa, o tempo voa e os flanelinhas de BH continuam numa boa. Ninguém consegue escapar deles, nem tampouco acabar com a atividade deles. Homens, mulheres, idosos, autoridades, gente pobre, gente rica, famosos e anônimos. Precisou estacionar nas ruas de BH, lá estão eles achacando sem a menor cerimônia, especialmente na Zona Sul da cidade. Entra governo, sai governo, muda procuradores, desembargadores, vereadores e prefeitos, e ninguém consegue resolver o problema.
O tema flanelinhas é recorrente, repetidas vezes ocupa as paginas de jornais, o noticiário do radio e da TV, é antigo e desafia o bom senso. De um lado os defensores dos direitos humanos, sempre com a mesma ladainha, incentivando a bandidagem e prestando um desserviço para o conjunto da sociedade; do outro a PM, amarrada em leis fracas, sem poder agir. Já na banda de cá, nós, os cidadãos que pagam os maiores impostos do mundo, reféns e sem ter para onde correr e nem a quem recorrer.
Nas noites quentes ou frias de BH eles seguem reinando absolutos, desafiando a paciência, a legalidade, revelando o tamanho dos nossos políticos e a inoperância das nossas instituições. Não respeitam igrejas, casas de eventos, hospitais, shoppings e nem o logradouro que é público e não deveria ser loteado. Onde tem local para estacionar nas vias da capital, lá estão eles aproveitando de mulheres idosos e dos que preferem preservar o patrimônio e para isso são obrigados a se sujeitarem ao achaque.
Eles já não pedem mais, apenas anunciam que irão tomar conta do carro e para isso, o pagamento precisa ser antecipado. A que ponto nós chegamos. Até quando que os cidadãos de BH terão que conviver com os flanelinhas? Com a palavra, as autoridades municipais e estaduais, incluindo o legislativo e o judiciário.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Mobilidade e Assuntos Urbanos
Presidente do CEPU ACMinas
CRA 08.0094/D
31-9953-7945