Foi lançada nesta quarta-feira (29), o programa que reforça a cultura junina em Minas Gerais
Foto: Léo Bicalho – Secult-MG
O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), lançou a segunda edição do Minas Junina e Arraiá da Liberdade 2024. O evento contou com a participação de entidades do trade turístico e aconteceu na manhã desta quarta-feira (29/5), às 10h, na sede do Iepha, prédio verde na Praça da Liberdade.
A programação vai abranger mais de 450 ações em 300 municípios mineiros com apoio e parceria da Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais e Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais. O Arraiá da Liberdade contará com patrocínio da Gasmig.
Trata-se de mais uma ação que coloca Minas Gerais nas vitrines de mercados emissores de todos o país, numa liderança que vem se consolidando desde 2020, quando a equipe liderada pelo secretário Leônidas Oliveira, que é PhD/B.A em Cultura pela Universidade de Valladolid na Espanha. Leônidas tomou posse em plena pandemia. De lá para cá o turismo mineiro ganhou o mundo e não por acaso bate recordes históricos de movimentação de turistas tanto nacionais quanto internacionais. A equipe liderada pelo secretário responsável pela maior revolução da história do turismo mineiro, sempre trabalha a transversalidade existente entre o turismo e a cultura.
Os números são alvissareiros e apontam um crescimento de 20% em relação ao ano passado. Todo este movimento será responsável por gerar uma movimentação turística de aproximadamente três milhões de pessoas, 20% a mais que em 2023, quando 2,6 milhões de turistas viajaram pelo estado nesse período. Os dados são do Observatório do Turismo.
O Minas Junina 2024, cujo lançamento foi no Prédio Verde do Iepha, na Praça da Liberdade, contou com a apresentação do grupo de quadrilha Sangê Minas, e teve direito a “Comida de Frio” como tema, uma maneira de promover e valorizar a cozinha mineira típica das festas juninas, como os derivados de milho e mandioca, reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial do estado de Minas Gerais em julho de 2023, e o tradicional quentão, feito com cachaça, outro Patrimônio Cultural do estado. O evento é realizado em parceria com a Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur) e Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais.
Foto: Léo Bicalho – Secult-MG
Com música, dança, pratos típicos, folclore e decoração, as festas juninas têm longa tradição e fazem parte da cultura de Minas Gerais. Em muitos municípios, esses eventos se misturam às manifestações de fé, como procissões, festas do Santíssimo Sacramento e hasteamento de bandeiras em mastros próximos a igrejas, já que o período é dedicado aos Santos Antônio, João e Pedro.
No portal Minas Gerais, um portfólio de festividades juninas, executado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), reúne eventos e manifestações culturais em todo o estado, integrando o turismo e a cultura. Municípios que incluírem suas programações irão somar pontos para receber repasses do ICMS Patrimônio Cultural. O objetivo é mapear os municípios com tradição juninas, fomentando a elaboração de rotas turísticas com essa temática. Os dados inseridos também serão utilizados pelo Iepha-MG visando o planejamento, execução e gestão de políticas públicas.
Festas em BH e no interior
Miraí, na Zona da Mata, promoverá seu 1º Circuito Junino, com a participação de diversas escolas municipais. Festas e quadrilhas em várias instituições de ensino também estão na programação do Festival Junino de Novo Cruzeiro, no Alto Jequitinhonha. Reacendendo a Fogueira – Festival de Quadrilhas, em Salinas, no Norte de Minas, o 34° Arraiá do Zé Bagunça, em Bueno Brandão, no Sul do estado, e o JuliFest 2024, em Itabirito, na região Central, vão fomentar a economia da criatividade e celebrar a cultura junina de Minas Gerais. Cidades como Itaúna, Serra da Saudade, Bom Despacho, Peçanha, Estiva, Itanhandu, Simão Pereira, Guaxupé e Resplendor também já cadastraram seus eventos.
Foto: Léo Bicalho – Secult-MG
O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, conversou com o Blog sobre o Minas Junina e lembrou que ele representa a consolidação do estado no turismo neste nicho, “como um destino (para a temporada) de frio, um destino de manifestação da cultura popular que, em terras mineiras, tem características muito próprias nessa junção da fogueira, dos povos indígenas, da cultura negra e também dessa cozinha estritamente híbrida”, relata.
Em Belo Horizonte, a festa será realizada no Palácio da Liberdade. Entre os dias 28 e 30 de junho, o histórico edifício e seus jardins, iluminados e decorados especialmente para o evento, sediará a segunda edição do Arraiá da Liberdade, que terá uma extensa programação cultural, artística e gratuita com muita música, comidas típicas, brincadeiras juninas, Cozinha Viva, espaços instagramáveis, quadrilhas e espetáculos infantis.
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) estará presente no Arraiá da Liberdade com uma feira de produtos agroecológicos, para a promoção do desenvolvimento rural sustentável centrado na agricultura familiar. Inclusivo, o evento também terá participação de instituições de atenção a pessoas com deficiência. O Arraiá da Liberdade 2024 é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secult e da Fundação Clóvis Salgado, com patrocínio da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
“Estamos no caminho certo de promover Minas Gerais como foco no desenvolvimento da economia da criatividade, gerando cada vez mais postos de trabalho e, consequentemente, mais renda e mais qualidade de vida. Só no período das festas juninas, esperamos um crescimento de 20% em relação aos números do ano passado. Estamos ainda mais preparados para alcançar esse crescimento”, destaca a Secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Josiane de Souza.
ICMS Patrimônio Cultural
O ICMS Patrimônio Cultural é um programa de incentivo do Iepha-MG à preservação do patrimônio cultural do Estado. Ele funciona por meio de repasse dos recursos aos municípios que preservam seu patrimônio e suas referências culturais, através de políticas públicas relevantes.
Há vários critérios de análise para pontuação e um deles é a adesão dos municípios às políticas estaduais, como o Minas Junina, em que são avaliados o cadastro e as ações implementadas pelas cidades dentro das ações de mobilização de incentivo à cultura e ao turismo no Estado.
O ICMS Patrimônio Cultural estimula as ações de salvaguarda dos bens protegidos pelos municípios por meio do fortalecimento dos setores responsáveis pelo patrimônio das cidades e de seus respectivos conselhos em uma ação conjunta com as comunidades locais. Nas Rodadas Regionais virtuais e presenciais, com grande participação de gestores municipais e agentes culturais dos municípios,o Iepha-MG oferece orientações sobre as políticas de preservação. São feitas divulgações em todos os canais de comunicação institucional, desde mailing até site e redes sociais.
José Aparecido Ribeiro é jornalista e vice-presidente da Abrajet Nacional
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Que beleza Zé. Daqui de Recife senti o cheiro da canjica e pamonha e viajei nos acordes da sanfona.🥰🌽🌽🔥🔥