Já não sei mais o que é certo ou errado. Quando vejo Léo Burguês assumir a presidência da CMBH, José Genuíno tomar posse e assumir o posto de Deputado Federal, Renan Calheiros articular para ser o presidente do Senado Federal, tenho a sensação de que a moral, a ética e os bons costumes são balelas, coisa de otários. Do contrario, tudo que a imprensa mostra, comenta e tira conclusões estarrecedoras, é pura armação, mentiras.
Se de fato a imprensa mostra a verdade e revela os fatos, alguma coisa está muito errada no Brasil, pois ver estes três indivíduos ocupando tais posições é um tapa na cara de quem procura andar dentro da lei, cumprir os deveres de cidadão e educar os filhos dentro do principio da ética, da moral e da honestidade. Trata-se de uma aberração que faz qualquer cidadão de bem perguntar: o que podemos esperar de um país governado por políticos que perderam o respeito pela opinião publica e pelas decisões da instancia máxima do Judiciário?
É bem verdade que a justiça brasileira permite tais disparates, pois no processo que foi condenado José Genuíno, ainda cabe recursos. Já Léo Burguês e Renan Calheiros, se tivessem bom caráter, princípios morais e respeito pela sociedade, não deveriam se pré dispor a tamanha ousadia. A atitude de ambos é um indício de que não consideram a imprensa, nem tampouco o que a opinião pública pensa deles. Estão se lixando para o povo e para as instituições.
Vou além, em um país sério os "nobres" parlamentares seriam impedidos de assumir qualquer cargo publico, se não por condenação de fato, pela perda total da credibilidade. Se considerarmos que o modelo eleitoral do país não consegue separar o joio do trigo, podemos concluir que estes políticos não mudariam de roupa para garantir seus mandatos usando o poder do dinheiro. Com efeito, neste caso o absurdo toma proporções ainda maiores, vira um disparate, inaceitável.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos e Mobilidade
Presidente do Conselho Empresarial de Política Urbana da ACMinas
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