De cada 100 vezes que a imprensa noticia alguma coisa sobre a Câmara Municipal de Belo Horizonte, 95 refere-se a coisas erradas, omissão, prevaricação, desídia, negligência, mau uso do dinheiro público e toda sorte de absurdos que apontam para a inoperância desta casa legislativa, revelando que há muito tempo ela é dispensável e não produz da forma que se espera dela.
Cômico, se não fosse trágico ainda o fato desta instituição ter Léo Burguês e Pablito disputando a sua presidência. Datavenia, uma sociedade que tem como liderança esses dois competentes parlamentares não pode espera muita coisa, mesmo que eles queiram. Isso por que nem um nem outro tem a maturidade que se espera para um líder com tamanha responsabilidade. A máxima de que cada povo tem o governo que merece encaixa perfeitamente neste cenário.
E não é por acaso que BH é obrigada a contentar-se com esse quadro, sem choro e nem vela. A Democracia permite a “qualquer um”, o que não deveria ser para qualquer um. Embora seja o melhor, dos piores modelos, ela garante aos que tem dinheiro e padrinhos, um lugar ao sol, mesmo que isto seja as custas do atraso de uma coletividade onde vivem 2,7 milhões de pessoas.
Com efeito, sendo um ou outro, o Prefeito governará Belo Horizonte em céu de brigadeiro, aprovando o que quiser e como quiser. Ou seja, não há oposição e manda quem pode, obedece quem tem juízo. Está é a Realidade para os próximos 4 anos e quem viver, verá. O desejo do povo é soberano, mesmo que suas escolhas sejam equivocadas e possam significar uma tragédia para o conjunto da obra…
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Mobilidade e Assuntos Urbanos
Presidente do Conselho Empresarial de Política Urbana – ACMinas
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