Acredite, fui assaltado dentro da sala de embarque do Aeroporto Internacional de Confins. O problema é que eu não posso registrar a ocorrência e exigir que o autor seja punido, mesmo tendo ele passado recibo do assalto. O ato é o oficial e legalizado;
Explico: procurei a lanchonete da sala de embarque do aeroporto para comprar um suco Del Vale, que nas melhores lanchonetes de shoppings custa R$3,00 e um pão de queijo, que em padarias da zona sul de Belo Horizonte custa no máximo R$2,00, e pasmem, a brincadeira de mal gosto me custou nada mais nada menos do que R$10,50.
O suco, podem acreditar, custa R$6.50, mais do que o dobro. Já o pão de queijo custou a bagatela de R$4,00, também o dobro do que se paga nas melhores padarias de BH. Se não bastasse, o produto, genuinamente mineiro, é de quinta categoria e está mais para uma goma sem gosto do que para pão de queijo que leva o nome e a tradição de Minas.
Pior do que o pão de queijo paraguaio é o atendimento, completamente desqualificado. O absurdo vem provar que não estamos preparados para eventos internacionais que se aproximam. Com efeito, independente destes eventos esse assalto não se justifica, pois o volume de vendas na sala de embarque do aeroporto é alto e praticamente 24 horas.
Pergunto a Infraero e ao PROCON o por que desse disparate e como usuário do aeroporto que paga estacionamento, gasolina para deslocar por quase 100Km, ida e volta, taxa de embarque cara, gostaria de entender a razão de se cobrar tão caro por algo que pode ser encontrado pela metade do preço nos endereços mais caros de Belo Horizonte?
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos e Mobilidade
ONG SOS Mobilidade Urbana
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