O ônibus de 'luxo' dará a partida na próxima segunda feira, ligando a Savassi ao Buritis e a Cidade Administrativa.
O modelo de carroceria escolhido pelas "autoridades" em mobilidade revela entre outras coisas, o atraso de BH em relação a cidades similares em outros países. Trata-se de uma adaptação mal feita em carrocerias montadas sob plataformas de caminhões apenas para justificar a precariedade do atual sistema de transporte coletivo, que hoje é concentrado 90% em carrocerias de ônibus ultrapassadas e com mais de 50 anos de vida. As mesmas que substituiram os bondes e continuam dominando a paisagem urbana de BH, poluídos o ar e sacrificando o trabalhador como se fossem latas de sardinha humanas. BH tem clima quente durante praticamente 10 meses do ano e há dias em que a temperatura interna dos ônibus ultrapassam 40 graus, expondo ao desconforto e risco de doenças respiratórias.
Se querem realmente apresentar algo novo e moderno, os técnicos da empresa de transito e transporte precisam viajar para conhecer experiências de cidades Européias, Americanas, Asiáticas ou mesmo em cidades como Santiago e Bogotá, que são vizinhas e tem modelos muito mais avançados em conforto e layout.
Não é por acaso que a evolução do transporte publico na Capital de MG anda a passos de tartaruga. Quem pensa e administra o sistema tem olhar curto e não deixa dúvidas das limitações no quesito modernidade e ousadia.
O que é lamentável e uma prova inequívoca de atraso quando o tema é mobilidade urbana.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos e Mobilidade
ONG SOS Mobilidade Urbana
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