No Brasil as noticias ruins costumam ganhar mais destaque do que as boas. Acostumados com elas, muitas já nem causam espanto. Especialmente as que são geradas pelo universo da política. Sem a pretensão de fazer propaganda para Companhia A, B ou C, apesar do instrumentalismo e da empáfia das duas maiores, percebe-se claramente o efeito benéfico da concorrência para quem usa avião e também para quem ainda não usa. Explico: Convocado no sábado à noite para uma reunião no Rio de Janeiro no domingo, entrei na internet para emitir uma passagem esperando ser escalpelado pelos preços exorbitantes que estou acostumado a pagar em viagens encima da hora quando acesso o site das duas maiores cias. aéreas do Brasil (TAM e GOL), acabei tendo uma surpresa agradável. Ao navegar pelos sites da Azul, Avianca, Oceanair e Web Jet encontrei passagens BH Rio por menos de 50 reais, ou seja, mais barato do que ônibus ou até mesmo do que o combustível gasto de carro entre as duas capitais.
Mas nem tudo são flores. Na manhã de domingo chamei um taxi para me levar a Confins e a conta desse deslocamento acabou ficando mais cara do que a passagem para a capital Fluminense que fica a 430 km: 100 reais. O motorista explicou que o motivo disso é o fato de voltarem vazios de Confins para BH. Na verdade quem paga o retorno é o passageiro e não quem delimita as áreas de atuação dos taxis. Ora, se lá em Confins estão os passageiros que desembarcam em BH, e em BH estão os que precisam chegar em Confins para suas viagens, por que não autorizar a livre circulação de taxi entre as três cidades? A resposta veio na ponta da língua. As leis não permitem. Mas quem faz as Leis, perguntei ao motoristas que não titubeou? Esse bando de Cidadãos que não servem de exemplo e que estão todos os dias nos jornais sendo acusados de falcatruas e legislar em causa próprio…
Se BH está precisando de taxi, por que não liberar o transito livre dos taxis de Lagoa Santa e Confins em BH e vise versa? Vale lembrar que políticos que fazem Leis não pagam taxi, nós pagamos para eles. Contudo eles não conseguiram perceber que a livre circulação de taxis destas 3 cidades resolveria a falta de taxi em BH e de quebra reduziria pela metade o valor exorbitante da corrida entre BH e o Aeroporto Internacional. Corrida cujo valor costuma ser maior do que aquele pago por uma passagem ida e volta para vários destinos. Fica a sugestão para debate nos fóruns adequados.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos
Belo Horizonte – MG
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