O Jornal Estado de Minas mais uma vez presta relevante serviço para a sociedade ao revelar na série de matérias “homens bomba”, a situação calamitosa da BR 040 entre o Trevo de Ouro Preto, até Conselheiro Lafaiete e as causas de tantos acidentes. A matéria mostra fatos, mas não tira conclusões, já que isso é tarefa do povo. O problema que o povo não enxerga o assunto em sua essência e atribui valor maior a questão da imprudência. De um lado temos motoristas de carretas que tem a estrada como ofício e uma jornada de trabalho dês-humana. Correm contra o relógio para ganhar tempo e dinheiro e pagar financiamentos longos e por vezes infindáveis de seus caminhões. Precisam acelerar para faturar e acabam cometendo imprudência. Fácil culpá-los, mas difícil é estar na pele deles quando se vive do resultado de um trabalho desgastante carregando minério 24 horas por dia, 365 dia por ano. Do outro lado está a falta de estrutura da Rodovia que é a segunda mais importante do Estado e que recebe veículos de todas as categorias e pesos, vindos de todas as partes do Brasil, atravessando Minas de Sul para o Norte, de Leste para Oeste e ligando 2 dos principais Estados da Federação. Rodovia cujo a importância econômica já seria suficiente para ter sido duplicada e devidamente reconstruída, corrigindo falhas de projeto, há mais de 3 décadas. Falhas essas que incluem pista simples, estreitas e sinuosas em alguns trechos, permitindo colisões frontais que resultam em mortes em 90% dos casos. Sobre o primeiro, pouco podemos fazer, já que não existe meios de conscientizar todos de que precisam respeitar os limites de velocidade. O resultado do trabalho deles depende de tempo e tempo neste caso é dinheiro que já está comprometido com dividas do financiamento de seus instrumentos de trabalho, (carretas que carregam minério). O bom senso então no diz que a tarefa está nas mãos do Governo Federal que tem a obrigação de manter a Rodovia em boa condição de trafegabilidade para todos que utilizam ela. (PISTAS DUPLICADAS E LARGAS, BOA PAVIMENTAÇÃO E BOA SINALIZAÇÃO). E por que não fazem? A pergunta precisa ser respondida pelos HOMENS que foram eleitos para defender Minas e não o fazem, a maioria está preocupada mesmo é com os umbigos e com suas carreira políticas. Se o problema é da Presidente Dilma com o “gangster” Waldemar da Costa Neto, o povo de Minas não pode pagar com a vida. Explico: A Presidente Dilma cortou as verbas que seriam destinadas para o Ministério dos Transportes, incluindo BR 381, BR 040 e Anel Rodoviário, com o receio de que o dono do PR (partido que comanda o Ministério dos Transportes) tenha acesso a chave do cofre e deixe ele vazio, como sempre fez. Esse simples detalhe, transformado em imbróglio político, sem data para terminar, está deixando Minas Gerais a míngua em relação as verbas destinadas para as demandas de MG. O silencio dos aliados de Dilma, incluindo boa parte da bancada de Minas em Brasília e o desconhecimento do povo, explica o por que nada acontece e as mortes continuam. Com efeito, a contribuição da imprensa tem sido IMPORTANTÍSSIMA na medida que desvela o assunto em sua essência cobrando dos políticos atitudes coerentes e menos fisiológicas.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos e Transito
Presidente da ONG SOS Rodovias Federais
CRA – MG 00984/94
31-9953-7945