Ruas cheias de buracos não existem por acaso. É curioso observas que mesmo com chuvas fortes o piso de algumas vias permanecem inalterados e outros se decompõem rapidamente. Sempre que vemos aparecer rachaduras ou buracos, via de regra podemos concluir que o pavimento foi mal dimensionado ou é por falta de manutenção adequada. O asfalto de boa qualidade vem da mistura de brita, areia e um derivado de petróleo que funciona como uma cola. É a infiltração que provoca os buracos. O pavimento é uma estrutura de camadas composta de sub-base, base e revestimento. O que enxergamos nas ruas é apenas a última camada, ou seja o asfalto. Quando os buracos aparecem na superfície da rua, podemos concluir que o revestimento é ruim e não necessariamente o asfalto, que é apenas a parte visível, a capa. Porém quando vemos o pavimento se rompendo ao ponto de aparecer a terra ou pedras embaixo do asfalto, podemos afirmar sem dúvida que o asfalto não é de boa qualidade. O aparecimento de buracos está associado a um ou mais fatores, quais sejam: Dimensionamento errado do pavimento ou até mesmo falta de dimensionamento; materiais utilizados de qualidade duvidosa, em uma ou mais camadas; obras executadas de modo errado; ou ainda pela falta de manutenção adequada. Com efeito, os buracos não aparecem em uma passe de mágica, mas por um conjunto de erros cometidos na pavimentação das vias que regra geral, não suportam o tipo de trafego para o qual o pavimento foi dimensionado. De uma forma ou de outra, os agentes públicos são os responsáveis pelos buracos, quando especificaram ou quando não fiscalizaram a execução do trabalho contratado, que via de regra é realizado por empreiteiras.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos e Transito
CRA – MG 0094/94
ONG SOS Mobilidade Urbana
31-9953-79745