O imposto conhecido como quinto era de 25%, menor do que os 35% de impostos que o brasileiro paga hoje para um governo ineficiente e perdulário
O Brasil vive momentos de grande aflição não apenas nas questões da liberdade de expressão, cerceada para quem pensa diferente do sistema, mas de perseguições no campo do fisco, que, diante de sua sanha arrecadatória, aplica mecanismos de fiscalização jamais vistos em qualquer outro período da história.
A Conjuração Mineira, ou Inconfidência Mineira, que deu início ao movimento de libertação do país do jugo Português, apesar de sufocada, deixou legados que serviram para que 30 anos depois, em 1822, o país se tornasse uma república independente. Ou seja, foram os altos impostos que fizeram os inconfidentes se rebelarem contra a Coroa Portuguesa.
A revolta pelo quinto, como era conhecido o quinhão da Coroa Portuguesa, representava 25% de tudo que era produzido. Com a escassez do ouro que foi levado para Europa durante os Sec XVI e XVII, a Coroa passou a confiscar 25% de toda a riqueza produzida em solo brasileiro, no que ficou conhecido com Derrama.
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi enforcado e teve seu corpo esquartejado, em ato de barbárie dos dominadores servindo de exemplo para que ninguém se atrevesse a propor separação da Coroa e nem tampouco sonegar impostos, ou mesmo questionar os altos valores cobrados. Pague quem tiver juízo, e não questione o que recebe em troca, que era praticamente nada.
Repare que naquela época a carga tributária era de 25%, menor do que é hoje, que chega aos 35%. Percentual insuficiente para que brasileiro médio, que trabalha para manter uma máquina gigantesca e ineficaz funcionando, cogite em diminuição de impostos. Todo mundo reclama da ineficiência do estado, da desproporção entre o que se paga e o que se recebe, mas acaba pagando sem ter para onde correr.
Mas quem de fato é penalizado e pagador?
Na falta de bilionários para taxar, o governo resolveu ampliar sua base, e hoje passou a exigir impostos para os que conseguiram adquirir algum bem, como um sítio, um comércio, de onde tira sua sobrevivência, uma pequena fazenda ou simplesmente nos proventos que a classe média ganha trabalhando de sol a sol.
Não bastou o imposto para os milionários, eles estão pegando todo mundo e colocando no mesmo balaio, como um saco sem fundo, querem mais e mais, taxando aquele cidadão médio que possui uma casa e que conseguiu, por exemplo, outra de aluguel que possa garantir o futuro dos filhos. Que se dane o futuro do filho alheio, a ordem é arrecadar de quem tem endereço e renda declarada.
Não escapa ninguém, o sistema hoje permite que um advogado, um médico, ou profissional liberal que lutou para ter uma profissão, estudou, investiu em educação, seja tratado como um milionário. Isso vale para o pequeno comerciante, ou consultor que graças ao seu conhecimento, consegue algum rendimento extra. Não tem escapatória, o Leão vai te pegar onde você estiver.
Se você é um vencedor, você vai ser pinçados e eleito para pagar a conta da máquina com todo o seu peso, achando você justo ou não, podendo ou não. Na falta de pobres e pix a serem taxados a mais, vale tudo. Lembre-se, no entanto, da Venezuela que já foi um país rico, ou de Cuba onde os milionários desapareceram, deixando no lugar os miseráveis que vivem de ajuda governamental, em um círculo vicioso que mantem a pobreza acelerada.
Nestes países a possibilidade de ascensão de classe social ou de construção de uma previdência é praticamente nula. Cresce os miseráveis e os que sustentam as regalias por fazerem parte do quadro estatal.
Ou você é pobre e vive com o mínimo, muitos passando fome e sendo privados de uma vida digna, ou você é funcionário público e tem garantidas as regalias. Mas para isso precisa ser obediente e concordar com tudo que o sistema disser que é melhor para você. A Classe média desapareceu.
O modelo que era o de repartir para multiplicar foi substituído pelo dividir, para aumentar a dependência e os miseráveis dos programas de governos, cujo lema é guerrear e perseguir até que todos estejam rastejando, isso é o que eles querem. Lembre-se que o voto do miserável e do cidadão que paga impostos, é esclarecido e sustenta a máquina, tem o mesmo valor
Até quando a sociedade vai permanecer calada e assistindo o comunismo ganhar espaço no Brasil, com ajuda de populistas, da imprensa, de políticos corruptos e omissos, que fazem vista grossa para o plano sórdido de dominação através de ideologias esquerdistas e promessas falsas?
José Aparecido é jornalista e editor
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