Gostaríamos de fazer um convite para o prefeito e para os vereadores de Belo Horizonte, para que eles pegassem a direção de um carro e andassem pela cidade Não é possível que eles e suas equipes transitem por BH e não consigam enxergar o caos que se espalha pelos 4 cantos da Capital. Qualquer cidadão minimamente sensato consegue enxergar os gargalos e apresentar soluções simples que não demandam grandes investimentos e que resultariam em mais fluidez para o transito. As obras que estão em andamento incluindo o BRT não irão resolver a lentidão e já estavam programadas, não podem e não devem ser creditadas na conta da atual gestão.
A cidade precisa eliminar sinais que se multiplicam em cada esquina, sobretudo naquelas vias que são corredores, as chamadas vias arteriais. Enumerá-las poderia deixar o prefeito, os vereadores e seus assessores assustados, já que elas são mais de 150. Como as 150 obras são uma utopia, eles deveriam eleger 50, e exigir dos secretários, resultados de curto e médio prazo. Contentar-se com as 9 obras do orçamento participativo e as que estão sendo feitas em virtude da copa do mundo, (8 no total), é pensar curto e não é recomendável para políticos que se arvoram a comparações com JK. Algumas regiões estão travadas e precisam receber atenção urgente da BH Trans e da SUDECAP.
Os exemplos são fartos em bairros como Buritis, Serra, Lourdes, Coração Eucarístico, Ouro Preto, Jardim Montanhês, Floresta, Savassi, Anchieta, Belvedere, Santa Maria (em frente ao aglomerado Morro das Pedras), Região Hospitalar, Santa Efigenia, Vila Clóvis, Santa Amélia, Alípio de Melo, Serrano, Dona Clara, Primeiro de Maio, Barro Preto, Padre Eustáquio, Betânia, Gameleira, Nova Suíça, Prado, e pelo menos mais duas dúzias de bairros em todas as regionais da PBH. A sensação que se tem quando transitamos pela cidade é a de que está faltando atenção dos responsáveis, e sobretudo coragem para quebrar paradigmas. Boa parte dos urbanistas responsáveis pelo planejamento da cidade, são contra obras, acham que elas incomodam, descaracterizam a cidade e são desnecessárias.
Estes profissionais são defensores da tese de que todo mundo, exceto eles, deveriamos trocar o privado pelo publico (o carro pelo ônibus), e que obras só empurram o problema de um local para o outro. O problema é que o poder publico não oferece transporte de qualidade que garanta o conforto que incentivaria a população a deixar o carro em casa e entrar em um ônibus ou metrô. Fica a sensação de que nem o prefeito, nem tampouco os vereadores de Belo Horizonte, andam pela cidade, pois se o fizessem, ou teriam vergonha ou tomariam atitudes. Fica a sugestão e o convite para o prefeito e para os vereadores. Humildemente, se eles precisarem de companhia para apontar os mais de 150 gargalos que exigem intervenções urgentes, estamos à disposição.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos e Transito
Presidente da ONG SOS Mobilidade Urbana
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