BH precisa aprender a lidar com crises. Cidadãos e Governos, cada um sabendo o que fazer e como fazer…

Belo Horizonte cresceu e com ela a necessidade de aprender a lidar com situações de emergência. Com a impermeabilização do solo, o aumento do nível de chuvas e o transito caótico, tem sido cada vez mais comum a cidade entrar em colapso. Mais um elemento tem somado para agravar a situação. Estamos falando da falta de energia que deixa os sinais em modo automático dificultando ainda mais a gestão do caos.
A capacidade de respostas às emergências precisa ser aperfeiçoada. Com exceção dos bombeiros, todos os outros agentes que prestam serviços a população quando a cidade se vê diante de situações atípicas tem falhado no tempo de resposta. Com destaque para a BH Trans que não consegue mapear os pontos nefraugicos e atuar neles com rapidez e eficiência.
Basta uma chuva ou uma pane em alguns sinais para que o caos tome conta de toda a cidade, ja que os principais corredores são diametrais e conectados por cruzamentos com interrupções semafóricas. A cidade é dependente de sinais em praticamente toda a sua extensão. Se em situação normal eles não dão conta do tráfego, imagine com defeitos?
O tempo de deslocamento, a falta de contigente humano e o desconhecimento dos locais que são considerados gargalos agrava o problema.
É recomendável que os gabinetes de crise estejam preparados para eventualidades como a que aconteceu nesta tarde de terca feira, 11/10, quando um balck out, junto de uma tempestade que derrubou árvores e edificações, deixou a cidade em estado de alerta máximo, com várias demandas de emergência sem atendimento.
Com as mudanças climáticas e o nível de tempestades aumentando cada vez mais, fica evidente a necessidade de se preparar para situações de calamidade. É dado como certo que o Boulevard Arrudas não vai suportar um chuva muito forte e corre o risco de ser levado água baixo com quem estiver em cima. Imagine como será a reação das pessoas e das autoridades em uma situação como essa?
A população precisa participar juntamente com os órgãos de defesa no sentido de mitigar os impactos de tais eventos, cada vez mais comuns. Todo mundo é responsável e precisa estar preparado para lidar com contingências, não pode ser tarefa apenas das autoridades. Mas elas são responsáveis por preparar o Cidadão através de simulações e treinamento. Isso é comum em países Europeus, Asiáticos e Norte Americanos. Desde postura no transito, evacuação, passando por primeiros socorros, desobstrução de pistas e resgate de pessoas em situação de risco o cidadão comum deve estar preparado para reagir com rapidez e segurança.
Com a inauguração do primeiro radar metereologico em Mateus Leme vai ser possível detectar com antecedência possibilidade de catástrofes e agir preventivamente. Contudo, surpresas sempre haverão. Treinamento, planejamento e capacidade de resposta, são quesitos necessários para evitar perdas humanas e materiais.
Fica a sugestão para a PBH, Defesa Civil, BH trans, Policia Militar, Unidades de Resgate, e todos os órgãos envolvidos em defesa e proteção da sociedade. Quanto mais organizado estivermos, menores a chances de vítimas e menor também o tempo de respostas ás emergências como as de terça feira a tarde.

José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos e Transito
ONG SOS Mobilidade Urbana
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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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