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Semana Santa em Minas deve ser protegida para o bem da cultura e do turismo no Estado - BLOG CONEXÃO MINAS

Semana Santa em Minas deve ser protegida para o bem da cultura e do turismo no Estado

O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA/MG já realizou o cadastro online de 1,2 mil celebrações relacionadas ao período da quaresma, das charolas de Congonhas ao Banho de Cachaça em Carmo da Cachoeira

Foto: Padre Luciano da Silva, assessor do Setor Cultura e Bens Culturais da Comissão Episcopal para Cultura e Educação da CNBB

O Programa Minas Santa, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em sua terceira edição superou expectativas e confirmou seu potencial de integrar fé, cultura e desenvolvimento econômico, promovendo Minas Gerais como destino de experiências autênticas e diversificadas no cenário nacional e internacional do turismo religioso e cultural.

O impacto econômico direto durante a Semana Santa em 2025 movimentou mais de R$ 1,9 bilhão. Foram envolvidos cerca de 550 mil turistas e fieis em 460 cidades mineiras e produzidos aproximadamente 700 eventos culturais, segundo informações da Secretaria de Estado.

O programa foi referendado em várias ocasiões durante o Seminário Bens Culturais e Turismo da Fé, realizado nos dias 9 e 10 de abril de 2025 em Mariana, Minas Gerais, tendo como principal objetivo refletir sobre a preservação de acervos, tradições e peças que compõem a cultura religiosa, reforçando a história, a identidade local e impulsionando o turismo religioso como ferramenta de desenvolvimento sustentável.

O evento foi promovido pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), com apoio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), Fundação Clóvis Salgado (FCS) e Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais (ACMG).

Merece destaque o desafio e compromisso lançado pelo Padre Luciano da Silva, assessor do Setor Cultura e Bens Culturais da Comissão Episcopal para Cultura e Educação da CNBB, durante sua participação na 1a mesa temática do seminário que teve como tema Cidades e Templos Edificados como espaços de Fé.

O presbítero, que é graduado em Filosofia e Teologia e especialista em História da Arte Sacra e Análise e Gestão do Patrimônio Cultural, propôs uma união de forças para a salvaguarda e valorização das celebrações da Semana Santa. “Ouso lançar aqui uma preciosa tarefa e um compromisso para que, em comunhão com as arquidioceses e dioceses, possamos estudar, refletir e propormos o inventário em vista do registro da Semana Sante em Minas Gerais como Patrimônio Cultural Imaterial Nacional”, provocou o assessor da CNBB.

O registro é a garantia da salvaguarda dos patrimônios de fé, como preservação de igrejas, imagens sacras, tradições e celebrações. Tais medidas são necessárias para o desenvolvimento do setor do turismo religioso como vetor de desenvolvimento local, geração de renda e fortalecimento da economia criativa de forma culturalmente sustentável.

O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA/MG já realizou o cadastro online de 1,2 mil celebrações relacionadas ao período da quaresma, das charolas de Congonhas ao Banho de Cachaça em Carmo da Cachoeira. Também já acolheu, em 2017, um pedido para abertura do processo de registro das Celebrações da Semana Santa como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais em nome da produtora cultural e editora Casa Sol Invictus, entidade cultural sem fins  lucrativos com atuação na salvaguarda patrimonial.

Foto: Moysés Maltta, autor do Guia Cultural do Serro

O diretor de projetos da Casa Sol Invictus, Moysés Maltta, autor do Guia Cultural do Serro, publicado em 2018, pela editora, relata que a produtora está em fase de elaboração do projeto de pesquisa de inventário e já tem aprovado, pela Lei Descentra Minas, a autorização de captação de recursos para executar o Seminário Internacional Paixão Barroca: Fé, Cultura e Turismo na Semana Santa em Minas Gerais visando debater esse assunto a partir das referências obtidas em Braga, Portugal, onde as celebrações da Semana Santa foram registradas como patrimônio nacional do povo português, com um impacto significativo no desenvolvimento do turismo religioso local.

“Além do fato de Braga ser a região que mais enviou portugueses para as minas gerais no período colonial, é importante que empresários, autoridades públicas e privadas e grupos culturais em geral ouçam de um representante português o sucesso dessa experiência em turismo religioso que mantém e intensifica a fé, com seus elementos devocionais, e ao mesmo tempo, gera renda e desenvolvimento para a economia do Estado”, finaliza Maltta.

José Aparecido Ribeiro é jornalista e editor

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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