Ouço entidades importantes de BH proporem a internacionalização da cidade. A ideia é louvável, mas estão esquecendo de arrumar a casa para que ela possa receber estrangeiros pela porta da frente e não a dos fundos. Nem nós que ja nos acostumamos com a “meia boca”, com os puxadinhos paleativos, estamos conseguindo ficar indiferentes aos desmazelo.
Do transporte coletivo, passando pelo trânsito que não flui, pichações e sujeira, camelôs, barulho, lixo, moradores de rua, insegurança, e buracos. BH não merece o que está sofrendo. Vamos ser sinceros, nossa cidade está feia, desorganizada e mal cuidada, precisando urgentemente de um Síndico que a conheça e cuide dela com mais profissionalismo.
Nem a Savassi escapa, Lourdes tampouco. São locais que concentram restaurantes importantes, a sala para visitantes, mas sofrem com o asfalto surrado, ruas sujas, falta de estacionamentos, sinalização e com o trânsito caotico, o que não é privilegio, diga-se de passagem, só da Zona Sul, mas da cidade inteira.
Os problemas não param por aí, e tem alguns que saltam aos olhos. Por toda a cidade, as tampas de bueiro precisam ser colocadas adequadamente, estão desniveladas e são verdadeiras armadilhas que pesam no bolso do contribuinte motorista que circula por BH. Não existe uma única rua ou avenida com sinais sincronizados em onda verde. A tradução disso é estresse e poluição para o meio ambiente.
Nunca se viu tanto pouco caso com as praças, os trevos e com o asfalto da cidade. Os remendos desnivelados se multiplicam revelando a falta de compromisso de quem cuida da estética. Aliás, será que tem alguém na PBH preocupado com isso? Sabe do significado disso para o que se propõe em relação à internacionalização? Alguém ou um grupo que tenha sensibilidade, experiências internacionais para propor ações de embelezamento? A julgar pelo que se vê, duvido…
É impressionante como as invasões de trevos, áreas publicas, aterros, laterais do anel rodoviário acontecem à luz do dia e sem qualquer resistência do poder público. Tenho a sensação que BH virou a “casa da mãe joana”. Lembro que essas invasões causam transtornos para todos, em especial a vizinhança destes locais.
Não ha fiscalização. Do carroceiro que joga entulhos, passando por cacambeiros, passeios são desrespeitados pela cidade inteira. Tem até cavalo sendo criado na via-expressa no meio da pista colaborando para um ambiente totalmente desfavorável de uma cidade que deseja ser internacional. Fica o protesto de cidadão e de quem tem amor pela cidade que nasceu.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos
Diretor da ACMinas e
Autor do Blog SOS Mobilidade Urbana
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