Em 27 de janeiro de 2015 escrevi no Blog chamando atenção das autoridades municipais sobre a situação precária do Viaduto Oeste, no Complexo da Lagoinha. A imprensa publicou, mas passados dois anos e meio, o que estava ruim, piorou. As muretas estão despencando e o asfalto virou só remendos.
Os erros de engenharia e de sinalização horizontal entre o viaduto 3 e o viaduto oeste são verdadeiras aberrações. Inaceitável para um local onde circulam mais de 80 mil veiculos por dia. Pasmem, mas existe um cruzamento na cabeceira do viaduto e do acesso a Av. Nossa Senhora de Fátima, contrariando a física e o bom senso.
Abaixo, o alerta enviado à imprensa e a assessoria do então prefeito Márcio Lacerda. Kalil assumiu ha quase 6 mese a julgar pelo que se vê naquela importante via, certamente não passou por lá ainda. Se passou, não conseguiu enxergar o que está por fazer há pelo menos 10 anos.
“O Viaduto Oeste desempenha papel importantíssimo na ligação entre o Complexo da Lagoinha e a Av.Contorno no Barro Preto. Capta o tráfego procedente das Av. Cristiano Machado e Antonio Carlos e distribui em sentido oeste da Cidade, para Contagem, Betim, e BR 381.
Recebe também o fluxo da Zona Norte em direção a Savassi, Centro, Av. Amazonas e Belvedere, e no sentido contrário, com trânsito pesado o dia todo. Dados da própria BH Trans mostram que por ali passam mais de 80 mil veículos por dia.
É daqueles elevados que BH precisa aos montes, para começar a falar em fluidez. Não há meios de melhorar o trânsito em uma cidade que continua preterindo obras estruturais que deveriam ter sido feitas há 40 anos. A frota cresceu e as vias permanecem as mesmas.
O resultado, com efeito, é o caos. Triste constatar que se este elevado não estivesse pronto, provavelmente não seria construído pelos atuais administradores da Capital, avessos a obras, adeptos ao discurso “moderninho”e politicamente correto de que o carros precisam ficar em casa e todo mundo deve andar de BRT ou bicicleta. Doce ilusão.
Esta é a tese dos administradores da mobilidade que ocupam lugar na BH Trans e na SUDECAP há 25 anos, usando métodos pouco convencionais para estreitar ruas e dificultar a vida de quem escolheu o transporte individual. Em BH as ruas e avenidas estão sendo afuniladas, quando deveriam ser alargadas, especialmente nos locais onde não há transito de pedestres.
Quando o Viaduto Oeste foi construído na década de 80, BH tinha pouco mais de 300 mil carros. De lá pra cá, a frota cresceu e hoje beira os 2 milhões de veículos. (frota de veículos da RMBH). Esquecido e sem manutenção, com rachaduras nas pistas, muretas destruídas, traçado comprometido, faixas estreitas que facilitam as colisões laterais e asfalto irregular, o Viaduto Oeste pede socorro.
Lembro que a cidade recebeu verbas do PAC da Copa para recapeamento, varias vias no entorno do Viaduto Oeste foram reformadas e estão com piso novo. Mas ele segue recebendo apenas remendos paliativos, invisível aos olhos de quem nos governa.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos
Autor do Blog SOS MOBILIDADE URBANA – portal UAI.
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