BHTrans, compromisso zero com fluidez no trânsito.

Você se lembra quantas vezes ficou preso no trânsito essa semana e quanto tempo perdeu em engarrafamentos nos mesmos lugares? É provável que sim, você já está se acostumando a isso. Acha que o problema é o excesso de carros? Então você tem ouvido rádios que repetem a mesma coisa todos os dias ou escutado as desculpas da BHTrans, e precisa rever conceitos.

Se o problema é o excesso de carro e não a ausência de obras para eliminar gargalos, saiba que se está ruim, pode piorar, pois a indústria automobilística cresceu 7% de janeiro a abril.  Assim como você, 1,8 milhões de cidadãos também escolheram o carro como meio de transporte em BH e região metropolitana, mas quem deveria tomar providências para permitir fluidez e por consequência um trânsito menos estressante, está se lixando para nós.

Ao contrário do que deveriam, estão trabalhando para tornar o caos maior, na política do quanto pior melhor. Explico: repare que os sinais da cidade já não dão conta do volume de veículos. E quando há espaço para onda verde, o que encontramos são ondas vermelhas em todas as vias. O termo “todas” não é força de expressão, é literal. Acredite se puder, a ordem é não deixar o trânsito fluir. A justificativa? Proteger o pedestre. Você pode perguntar: mas na maioria dos corredores onde o trânsito deveria fluir não tem pedestres. E eu respondo: mas tem radares e detectores de avanço. Preciso dizer pra que?

Repare também que o número de sinais está aumentando ao invés de diminuir e as faixas de rolamento, largura entre uma pista e outra está ficando mais estreita. Em especial nas vias arteriais que cruzam com grandes corredores de tráfego. Se não bastasse, repare que os passeios estão ficando mais largos mesmo onde não existe trânsito de pedestre. Tudo proposital e com um objetivo. Exorcizar o carro como se carros andassem sozinhos ou dirigidos por cidadãos desqualidicados, já que por ETs é pouco provável.

A tese é a seguinte: dificultar  a vida de quem escolheu usar transporte individual com o propósito de desestimular o uso do carro. Pasmem, eles (BHTrans) acreditam que você vai deixar seu carro em casa e vai andar de bicicleta ou de BRT, é mole? Corredores sem interrupção de tráfego, rotas alternativas, obras capazes de eliminar gargalos e permitir fluidez não são aceitas como alternativas para melhoria do transito. Campanhas de escalonamento de saída e entrada por categorias, carona solidária, rodízio de país nas escolas etc, nada disso existe no dicionário da BHTrans. Eles só sabem “pensar naquilo”: tirar o carro de circulação.

Ignoram sistematicamente que a cidade possui um passivo de 40 anos de obras estruturais. As que foram feitas, corredores Cristiano Machado e Antonio Carlos ao invés de eliminar, criaram mais cruzamentos  com travessias de pedestres sem passarelas para haver  interrupção  de tráfego, já que não conseguem, ou não querem manter os sinais em onda verde. Os benefícios do alargamento dessas vias foram anulados pela “bus way”. Dos 50 metros de calha de ambas as vias, 25 foi dedicado ao BRT.

Tudo em nome do pedestre, onde não há pedestre. Ou seja, subestimam a inteligência alheia e seguem copiando modelos politicamente corretos, que não se aplicam a realidade de BH. E ninguém se manifesta.

Jose Aparecido Ribeiro

Autor do Blog SOS MOBILIDADE URBANA- Portal UAI – Consultor em Assuntos Urbanos e estudioso do tema.

31-99953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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