O Brasil sempre foi palco de escândalos de corrupção, desvio do dinheiro público, tráfico de influência e coisas do gênero. Um festival de absurdos quase sempre liderados por políticos desonestos que se locupletam, usando para isso a máquina pública, as empresas estatais e os órgãos governamentais. Eles não têm limite, e só recentemente começaram a ser punidos.
Está fresco na memória dos que tem mais de 40 anos alguns desses escândalos. Um deles virou até musica, o caso “coroa brastel”. Quem não se lembra dos “anões do orçamento”; da advogada Georgina e a “máfia da Previdência”. Lembro-me da “capemi”, do “mensalão” e de dezenas de outros episódios envolvendo gente desonestas, escandalos que fazem parte da memória nacional.
Mais recentemente a “operação lava-jato”, que embora a passos lentos, segue estarrecendo e revelando aqui e lá fora o maior escândalo de corrupção da história da humanidade. Notícias de mal feitos, furto do patrimônio público, já não abalam mais a população que, incrédula, segue pagando impostos, entorpecida, triste e decepcionada.
Com efeito, algo chama atenção e sugere reflexões: tribunais de contas, procuradorias, ministério público, ouvidorias e uma lista imensa de órgãos responsáveis por fiscalizar, por zelar, promover transparência, criar processos e conferir contas, licitações, não deixar os políticos e agentes públicos e privados saquearem os cofres do País, estão falhando sistematicamente. Parece não haver compromisso com eficiência, nem controle. Dia após dia a Polícia Federal revela um festival de rapinagem que parece não ter fim.
Lembro que toda essa máquina custa caro para o bolso do contribuinte e não está sendo suficiente. Refiro-me a servidores que recebem salários altíssimos, regalias, benefícios, estabilidade e que estão sempre reclamando, querendo mais. São milhões de funcionários públicos que têm o dever da diligência, precisam ser competentes e atentos. Nada disso está sendo considerado,deixando evidente que os processos de controle são ineficientes e podem ser burlados.
Raramente ouve-se noticias de que um político Norte Americano, ou agente público Inglês, Canadense, Australiano, Sul Coreano, Japonês tenha se aproveitado de falhas no sistema e furtado bilhões de empresas destas nacionalidades, assim como foi com a Petrobrás e outras. Lá os responsáveis por fiscalizar são eficientes e os processos não permitem o uso do poder de políticos para beneficiar pessoas ou empresas desonestas.
Se é falta de competência, talvez seja hora de contratar empresas internacionais que ensinem os servidores brasileiros métodos de proteger o país da desonestidade, através de convênios com governos eficientes, treinando os servidores brasileiros para que a tarefa de fiscalizar seja feita com eficiência e estanque a sangria provocada pela corrupção.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos – Autor do BLOG SOS Mobilidade Urbana – Portal uai.com.br
31-99953-7945 – jaribeirobh@gmail.com