BH tem mais de 100 Rotas alternativas que podem diminuir os engarrafamentos.

Belo Horizonte tem mais de 100 rotas alternativas. Ruas que são capazes de tirar porção significativa do tráfego de veículos dos grandes corredores, encurtando caminho, evitando poluição e retenções que estão ficando insuportáveis. Para isso elas deveriam ser sinalizadas, conhecidas da população, bem asfaltadas e incentivadas através de um sistema diferenciado de reconhecimento por meio de sinalização específica. Se bem administradas, podem gerar ganhos para a população e o meio ambiente, já que a palavra fluidez não existe no dicionário dos gestores da cidade.

O problema é que os responsáveis pelo trânsiro da Capital não sabem fazer outra coisa se não a tentativa insana e desesperada de tirar carro das ruas por meio do estreitamento de cruzamentos, instalação de sinais, radares, detectores de avanço e incentivo ao transporte público, que é reduzido a uma única alternativa: BRT. Erro grave de interpretação da realidade que só adia soluções. Se não bastasse, a proposta inclui também o uso de bikes como meio de transporte. Cômico…

As rotas alternativas são conhecidas pelos taxistas e por alguns poucos moradores que se aventuram em caminhos alternativos para fugir do caos que se avoluma sem levar em conta o passivo de 40 anos que a cidade espera por obras de infraestrutura. Se conhecidas, as rotas formariam um complexo de vias interligadas que cruzam os bairros, conectando regiões, encurtando distancias e diminuindo o estresse. Deveriam ser estudadas e levadas a sério.

A titulo de exemplos: Rua São Romão no bairro São Pedro possui 4 quarteirões entre a Rua Lavras e a Rua Carangola no bairro Santo Antonio. Nunca recebeu asfalto ao longo de sua história, só remendados, mal feitos e está intransitável. Dirigir nela exige a atenção de um piloto de rally. Poderia desempenhar a função de rota alternativa da região da Savassi para a região da Prudente de Morais, Luxemburgo e Raja Gabaglia, mas as condições do piso desestimulam o seu uso.

Saindo da zona sul em direção a Av. Pedro II e a Região Noroeste de BH, e Anel Rodoviário, o conjunto de Ruas Pará de Minas, Olinto Magalhães, Três Pontas e Rio Pomba, até a Av. Pedro II, é uma rota que liga os bairros Padre Eustáquio e toda Região Noroeste da Cidade até o bairro Carlos Prates em direção ao Centro. Não tem quem não conheça ou nunca tenha usado essa rota e conjunto de ruas. Elas tiram grande volume de carros da Av. Pedro II todos os dias.

Outro exemplo é a rota alternativa que inclui o conjunto de Av. Professor Sylvio Vasconcelos, Rua Fernando França Campos, Rua Desembargador Melo Junior, Rua Consul Robert Levy, e Rua Professor José Renault, ligando a Av. Raja Rabaglia no bairro Santa Maria, até a Av. Consul Antonio Cadar no bairro São Bento, tirando tráfego da Raja Gabaglia e cortando caminho.

São centenas de exemplos que servem para revelar entre outras coisas, que o foco dos gestores do trânsito segue equivocado e desconectado da realidade. A BH que existe na cabeça dos técnicos da BHTRANS (300 engenheiros) próximos de aposentar, e da SUDECAP (600 funcionários, e 100 chefes) um chefe para cada 100 “índios”, NÃO EXISTE. E isso explica quase tudo. Só não vê quem não quer.

José Aparecido Ribeiro
Jornalista – Consultor em Assuntos Urbanos
REG. DRT 17.076 – MG
31-99953-7945 – jaribeirobh@gmail.com
Blogueiro – portal uai.com.br

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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