Sexta feira com chuva e o caos toma conta da capital. Curioso é constatar que não se vê um único agente interferindo no trânsito. A cidade segue a deriva de sinais, esperando por um plano de contingências que possa dar um mínimo de esperança para a população, enquanto as obras que ela precisa e espera há 40 anos, aconteçam.
Bastou uma chuva ou um simples acidente no anel Rodoviário para o ato de deslocar virar um martírio. Se uma ou outra coisa acontecer na sexta feira, ainda pior. Algumas regiões da cidade estão impraticaveis. Vencer quarteirões curtos em pontos nevrálgicos da capital, os conhecidos gargalos que somam mais de 800, sendo 150 deles urgentes, é uma peleja, exigindo paciência e muita coragem.
Enquanto isso o prefeito segue cego, surdo e mudo em relação a mobilidade, acreditando no mesmo grupo que ocupa a BHTRANS há 25 anos, e que só tem a dizer para a população o que eles pensam ser o certo: BRT E CICLOVIA. UM VERDADEIRO DEBOCHE com o povo. Fosse a população um pouco menos acomodada, essa balbúrdia não estaria assim. A cidade está parada e o culpado é o cidadão, não o gestor da mobilidade que assiste de camarote a política do quanto pior melhor, ganhar corpo. Se não é maldade, é pirraça.
Por hora o que temos são radialistas repetindo a mesma ladainha e nos dizendo o que já sabemos, onde o trânsito está travado. Sempre nos mesmos lugares, com intervalos cada vez menores. Para os xiitas da mobilidade, a turma do “deixa disso” que defendem BRT, ciclovia e dizem que obras não resolvem, eu pergunto, o que resolve essa loucura que virou a I-mobilidade urbana em BH? NAo vale exorcizar o carro e citar exemplos europeus. Carro é um direito do cidadão, e a Europa fica do outro lado do planeta.
José Aparecido Ribeiro
Jornalista e Consultor em Assuntos Urbanos
DRT MG 17.076
Blogueiro no portal uai.com.br
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