As 8:55hs desta segunda feira dia 22 de janeiro de 2018 o trem de pouso do Boeing 737-700, vôo Gol G3-2002, procedente do aeroporto de Congonhas/SP, com escala em Juiz de Fora, tocou a pista do Aeroporto da Pampulha como uma pluma, com a precisão de um genuíno relógio suíço e a performance espetacular de suas turbinas Next Generation – NG, impulsionadas pelos motores turbofan com alta taxa de bypass. A tradução disso é menos barulho, mais economia e potencia.
O episódio tem sentido maior do que apenas uma aterrissagem, mais uma entre milhões que já tocaram a pista deste aeroporto desde o dia 3 de março de 1933, data da sua inauguração, há exatos 85 anos. Este gesto simbólico coloca mais do que o “trem de pouso” do Boeing 737-700 da Gol no solo belo-horizontino, dá um empuxo à economia da capital, possibilitando que ela saia do marasmo.
Com a proposta de 150 operações pares por semana, o que significa 2 voos por hora, de segunda a sexta feira, 75 no total, a intenção da Infraero é movimentar Pampulha sem prejudicar Confins, reativando o destino e trazendo para a capital mineira algum alento para os que vivem dos negócios e dos eventos. Até por que a estatal é dona de 51% do Aeroporto Internacional, tendo a CCR-Consorciada da Flughafen Zurich AG, donas da BH Airport.
A cidade que estava sendo preterida por organizadores de eventos e empresários agora se conecta aos aeroportos centrais colocando gasolina em um carro parado por falta de combustível. Pampulha é dos 50 aeroportos administrados pela Infraero, o mais deficitário. A ação conecta também a Zonas da Mata mineira ao restante do país. Com efeito, através desta manobra, a Gol e a Infraero prestam dois serviços importantíssimos para MG.
A ginástica feita para tentar barrar a reabertura do Aeroporto da Pampulha para jatos de grande porte precisa entrar para os anais da história da capital. A BH Air Port, legitimamente “mexeu os pauzinhos”, usou a influência, tentou via TCU, foi ao Senado, mobilizou entidades, mas não conseguiu impedir a reativação da Pampulha. A Gol, de forma sagaz, conseguiu driblar a burocracia, provando seu refrão. Não é por acaso que seu lema é: “Gol, Linhas Aéreas Inteligentes”. Via Juiz de Fora, conecta BH ao aeroporto de Congonhas na capital Paulista.
Chamou a atenção no momento da aterrissagem, um helicóptero que fazia aproximação provocando ruídos possíveis de serem notados. Nem de longe a aterrissagem do Gol G3-2002 lembrou os estampidos das turbinas dos 737-200 os famosos sucatões da falecida Vasp que eram ouvidas no outro lado da cidade. Que este seja o primeiro de muitos passos para o sucesso da Pampulha, tendo BH como beneficiária maior, sem prejuízos para o Aeroporto Internacional que tanto nos orgulha. Viva a liberdade de escolha e o bom senso!
José Aparecido Ribeiro
Jornalista e blogueiro no portal uai.com.br
Articulista das Revistas: Exclusive, Mercado Comum e Minas em Cena
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