A história dos pneus começou há mais de 140 anos e poucas pessoas sabem o quanto essa indústria evoluiu neste curto espaço de tempo. Até o inicio dos anos 40 no século XIX, as rodas eram feitas de madeira, aço ou materiais rígidos, rodando em contato direto com o solo. Isso provocava desgaste nos materiais, sem falar da trepidação que gerava muito desconforto para quem estava em cima de carroças e dos primeiros automóveis.
Porém, em 1844, um americano criativo e visionário inventou um processo capaz de vulcanizar a borracha. O sobrenome dele é conhecido até hoje: Charles Goodyear. A grande sacada de Charles foi perceber em seus experimentos que o látex, em natura (extraído da seringueira) não era elástico. Ao vulcanizar o material ele se tornava mais resistente e poderia ser torcido sem quebrar, ficando maleável e resistente a algo essencial para uma roda, a tração.
Mais tarde outro desconhecido, mas também visionário, o escocês Robert Thompson, aproveitando-se da invenção de Goodyear, fabricou um tubo de ar, que veio a chamar PNEU, abreviação de roda pneumática. Mas foi um veterinário, também escocês, chamado JONHON DUNLOP que começou a adaptar a nova invenção em bicicletas. O ano era 1880.
Passado uma década, por volta de 1891, reparem que em intervalos curtos, mas de grandes saltos os irmãos Michelin inventaram um pneu que podia ser desmontado da roda e substituído, iniciando assim o ciclo mais importante, e que dura até hoje. Isso aconteceu na França e teve desdobramentos importantes, pois se aproximava o período da grande guerra que levou o mundo a uma das maiores catástrofes da história moderna.
O pneu teve papel importante no deslocamento de tropas por toda a Europa. No início do século XXI Edward Pennington deu a humanidade a sua contribuição, e sua invenção, hoje em desuso durou quase 100 anos, ele é o precursor das câmaras de ar. A evolução não parou, e foi da Goodyear, em meados de 1903 a invenção dos pneus sem câmara, que hoje equipa a maioria dos automóveis.
A indústria de pneus iniciou sua trajetória no início do século passado, e coube a Harvey Firestone a invenção dos sulcos que hoje conhecemos como frisos, e que permitem a estabilidade necessária para os veículos nas pistas, inclusive em pistas molhadas. Daí para frente não parou mais e os pneus são componentes importantíssimos para a segurança e o desempenho de veículos, caminhões, tratores, motocicletas, bicicletas e até robôs.
Poucas pessoas sabem, mas a letra (P) de Pneu, indica o tipo de produto mais adequado, para veículos de passageiros, passeio e seus vários tipos. Vamos dar uma passeada rápida no significado de cada uma delas.
Significado de P: Passeio. Os pneus mais comuns para carros pequenos.
Significado de LT: Light Truck. São recomendados para caminhonetes, vans, furgões e SUVs, muito comuns hoje nas cidades brasileiras.
Significado de ST: Special Trailer. São pneus para reboques, carretinhas e trailers diversos.
Significado de T: Temporários. Pneu finos, leves, normalmente usados para estepe, ou para guinchos de veículos, ao serem rebocados.
Na semana que vem vamos compreender os tamanhos, larguras, raio, cargas, velocidade, tipos de rodagens de cada pneu e quando se deve trocá-los.
José Aparecido Ribeiro
Jornalista e blogueiro nos portais uai.com.br – osnovosinconfidentes.com.br
Colunista nas Revistas: Mercado Comum, Minas em Cena e Exclusive
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