Em visita na tarde de quarta-feira (4) ao Lar dos Idosos Nossa Senhora da Saúde, região leste de BH, o prefeito Alexandre Kalil mais uma vez mostrou sua “habilidade política” quando foi questionado sobre o CONFISCO de coeficiente de construção proposto por servidores petistas que ele manteve no governo e que continuam ocupando cargos estratégicos na administração municipal.
A resposta foi ao estilo Kalil, curta e grossa, como sempre, sem medir as consequências: “Aqui foi feita muita coisa, durante muitos anos, para empresários da construção. Isso acabou. Estamos pouco nos lixando para o que pensa o empresariado a respeito disso”, pasmem, afirmou o alcaide da 3ª capital mais importante do Brasil. Por linhas tortas Kalil declara guerra ao setor produtivo.
Se contar ninguém acredita, mas vindo dele, tudo é possível. Estou fora de BH, visitando algumas cidades nos EUA. Meu comentário se chegar ao conhecimento do prefeito de certo receberá um palavrão como resposta, e não faz mal, é assim que funciona a tal da democracia. No momento é ele quem manda na cidade, e para os que têm juízo e precisam da PBH, o melhor é ficar calado, o que não é o meu caso.
Portanto, esta é mais uma “pérola” do prefeito e uma das mais desastrosas na sua curta estada na Av. Afonso Pena, 1.200. Alguém precisa dizer para o Kalil que empresário não é inimigo, merece respeito. “Chutar o balde” com quem produz, gera riquezas, impostos, ITBI e IPTU para uma cidade quebrada não é o caminho. Não existe na história, retrocesso maior e essa não é uma briga boa, o tempo dirá.
Por trás da desastrosa decisão de confiscar coeficiente de construção e depois vende-lo, criando um novo imposto que estão chamando de outorga onerosa, está Maria Caldas, supersecretária de política urbana, petista de carteirinha e da cota de Fernando Pimentel. Voltar atrás não é coisa que Kalil e sua secretária “sabichona” costumam fazer, eles não têm humildade suficiente e nem tampouco consciência da tragédia que está por vir, quem viver verá.
E quem vai pagar por isso? De certo será a própria população, e os 130 mil desempregados da construção civil que continuarão sem ocupação, alguns instalados nos passeios do centro como camelôs, em busca da sobrevivência. É disso que vive a esquerda brasileira, reapresentada em BH pela turma do “deixa disso”. Sem muitas delongas, coincidentemente, guardadas as proporções, passei o 4 de julho em Nova York, e não posso deixar de citar o que vi aqui.
Acredite, em apenas uma rua, a Broadway, tem nada menos do que 32 aranha céus em construção, a maioria deles com mais de 100 andares. Para onde se olha o que se vê são obras. Encerro amigo leitor deixando um convite para reflexão: Os Nova-iorquinos devem estar errados, o Kalil e a Maria Caldas é que estão certos. É desanimador voltar e lembrar que ainda faltam 2 anos para a próxima eleição municipal. Será que BH dará conta de esperar?
José Aparecido Ribeiro
Jornalista e blogueiro nos portais uai.com.br – osnovosinconfidentes.com.br
Colunista nas Revistas Minas em Cena, Mercado Comum e Exclusive
DRT-17.075-MG – jaribeirobh@gmail.com – 31-99953-7945