Enquanto o governo federal conseguiu, aos trancos e barrancos, bancar o auxílio emergencial e ajudar empresários a sustentar salários de trabalhadores, as demissões foram sendo proteladas. Porém, o comerciante agora não tem a quem recorrer e as demissões começaram em Belo Horizonte. Os primeiros foram os empresários do setor de gastronomia, cuja catástrofe parece ser irreversível.
Mais de sete mil pequenos estabelecimentos fecharam e não retornam mais, de acordo com a Abrasel, entidade que representa o setor de entretenimento e gastronomia. Tudo isso na capital nacional dos Bares. Significa que garçons, atendentes, ajudantes de cozinha, caixas e fornecedores desta cadeia produtiva estão correndo o risco de passar fome. No centro da capital não é diferente aumenta o numero de lojas fechadas e placas de aluga-se ou vende-se. Um cenário tenebroso que parece invisível ao prefeito e seus asseclas aliados da esquerda que mandam em BH.
Foto: Jacqueline Bacha
Com faixa na porta a tradicional Casa do Barbeiro que foi aberta em 1996 e é especialista no comércio de produtos para barbearias e salões, anuncia demissão de 22 funcionários. O numero já não é mais o mesmo da faixa, agora já são 29, de acordo com o proprietário Fred Andrade Gomes que conversou com o Blog. A Loja do Barbeiro tem 10 unidades na capital, no Barreiro, Centro e Venda Nova. A empresa foi obrigado a dar férias, fazer empréstimos e dispensar bons funcionários: “Não vejo preocupação da prefeitura com a saúde do povo, vejo uma briga política que está levando nossa cidade para o fundo do poço, com apoio de quem deveria falar a verdade e não escamoteá-la”, relata o empresário referindo-se a grande mídia.
Acabou o surf na onda dos R$600 do Governo Federal
Acabou o surf na onda dos R$600 do Governo Federal. Quem conhece os meandros da política e os malandros que ocupam cargos estratégicos na máquina publica executiva e legislativa sabe que o pano de fundo para o lockdown é a saúde, mas o interesse por trás do fechamento da cidade é aniquilar a imagem do presidente Jair Bolsonaro e aproveitar o Decreto de Emergência estendido para atender amigos que fornecem asfalto, gradis, cestas básicas, sinalização e até EPI´s.
Iludidos, eleitor e comerciante não sentiram tanto os impactos do fechamento provocado pelo três lockdowns em um primeiro momento. Acharam que o prefeito e a ciência vermelha não empurraria o fechamento da cidade por tanto tempo. Afinal, o fica em casa; o pico; a curva; a primeira onda; taxa de ocupação; a oferta de leitos surrupiada e a segunda onda; não deveriam nem existir se de fato lockdown fosse eficiente. Nenhuma evidencia científica mostra que isolamento radical é eficaz.
Está comprovado que fechar a cidade serve tão somente para causar um mal ainda maior e incalculável, o da quebradeira generalizada que deixará empresários e o povo de cócoras para quem dirige a cidade e está acostumado a fazer populismo através de planos assistencialistas em troca de votos, método típico da esquerda que comanda a capital desde 1992.
Com efeito, de agora em diante será diferente, não existe mais R$600 emergenciais. O empregador ciente dos riscos, fará as demissões de imediato, sabe que não pode mais aguardar ou arriscar, já não tem mais a quem recorrer, pois o rombo federal ultrapassa R$600 bilhões.
Os próximos 12 meses serão de desespero numa cidade sucateada, comércios fechados e milhares de indigentes lutando por sobrevivência, resultado de um governante vaidoso, desequilibrado protegido por uma imprensa venal, preocupada com o curto prazo, salvo honrosas exceções, sem ética, e pela omissão da justiça e de entidades empresariais anacrônicas que assistem o caos em cima do muro com proselitismo.
José Aparecido Ribeiro é jornalista independente em Belo Horizonte
Contato: jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945 – www.zeaparecido.com.br
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