A guerra em Manaus é contra o pior de todos os inimigos, o cinismo de políticos corruptos

Não é só a Covid-19 que está matando em Manaus, mas a falta de planejamento, incompetência e o descalabro de políticos corruptos com a vênia do STF

Os áudios a seguir são relatos dramáticos do que foi a quinta-feira (14) na capital do Amazonas, Manaus. Apenas dois dos vários que profissionais da saúde gravaram e publicaram na redes sociais. Sozinhos em um campo de batalha dominado pela pior de todos os inimigos, a corrupção, o cinismo de políticos malandros e desonestos, eles lutaram para salvar vidas com suor, lágrimas e recursos próprios.

Um deles foi gravado por uma enfermeira que atua no front da saúde na capital do Estado mais rico do Brasil, que abriga a maior floresta tropical do planeta, e também o maior Rio do mundo, o Amazonas. Ela prefere não se identificar, mas falou com o blog na noite desta terça-feira (14) dia que entra para historia de Manaus como um dos piores que profissionais da saúde já viveram. Minha entrevistada é diretora do Sindicato de Profissionais da Saúde. Enfermeira com larga experiência profissional.

Em 23 anos de profissão ela relata que nunca havia presenciando um drama como esse, numa cidade acostumada com violência. Na voz embargada que revela o estresse é possível notar que o desespero é igual ao de uma guerra, porém sem armas de fogo, mas não menos letal do que um conflito bélico de grandes proporções. Contra essa guerra só o rigor da Lei e a educação de um povo que desempenha papel de juiz da democracia, e que vem errando feio na hora do voto.

Incompetência e corrupção deixam hospitais públicos de Manaus sem oxigênio

O colapso no sistema de saúde do Amazonas se deve a um conjunto de fatores, quase todos de cunho político, com destaque para a falta de planejamento, descompromisso de gestores públicos com os mais pobres, incompetência, monopólio de mercado (leia-se White Martins) e corrupção generalizada. O governo federal despejou quase R$8,9 bilhões no Amazonas, destes recursos, pasmem R$600 milhões foi escandalosamente desviados pelos gangster que dirigem o estado e a capital, velhas raposas da política. A afirmativa não é especulação, ou deduções baseadas em fatos relatados neste episódio específico, mas depoimentos de gente séria quem vive perto do poder no Amazonas.

A desfaçatez de secretários de governo corruptos e do próprio governador não têm limites. Eles são protagonistas do terror e assassinos de centenas de pessoas inocentes. Pagarão por isso perante Deus e os homens, se houver justiça no Brasil e ela agir, ao invés de assistir o caos de férias no conforto do lar.

Não é possível que diante de tantas evidências e desfaçatez o alto escalão em Manaus e no Estado, alguns com antecedentes criminais incontestáveis, possam continuar escondidos atrás do voto num sistema asséptico que parece ser condescendente com a corrupção. Não menos pior é notar que tem gente desonesta querendo atribuir o problema que é de polícia e falta de justiça, ao governo federal.

Onde foram parar os homens de bem do Amazonas, os guardiões das Leis? O que está fazendo neste momento o Ministério Público; Tribunal de Contas; a Polícia Federal; o Tribunal de Justiça; a Assembleia Legislativa; Câmara Municipal; Amagis; OAB; o bispo e principalmente o STF que delegou aos governadores e prefeitos a gestão da pandemia?

Abaixo documentos que provam a falta de planejamento, a covardia e o descompromisso do governo com a saúde pública na capital do Amazonas.

José Aparecido Ribeiro  é jornalista de opinião.
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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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