Donald Trump toma posse dia 20 na presidência dos Estados Unidos, e já disse que não quer ver mais a fuça de Maduro
POR: Ray Cunha – Jornalista, escritor e articulista*
“O líder da Direita da Venezuela, Edmundo Gonzalez, tomará posse como presidente do país nesta sexta-feira 10, nem que seja simbolicamente. Mas é provável que até lá o ditador Nicolás Maduro tenha fugido, ou sido preso, ou morto. A ditadura na Venezuela começou com Hugo Chávez, em 1999, e se perpetuou com Maduro, que vem fraudando as eleições para presidente. Desta vez foi algo tão descarado que até seu amicíssimo, o presidente do Brasil, Lula da Silva, ficou com vergonha.
O melhor de tudo é que o líder mundial da Direita, o republicano Donald Trump, toma posse dia 20 na presidência dos Estados Unidos, e já disse que não quer ver mais a fuça de Maduro. O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comunista, vem alisando todas as ditaduras da Ibero-América e acolhendo, no seu próprio país, toda a bandidagem do Novo Mundo. Mas já se tornou um pato manco. Não manda mais nem na casa dele, pois está completamente gagá.
Maduro vem se fiando em Putin e no Irã. Putin está escondido para não ser assassinado pelos próprios russos, pois meteu a Rússia em um atoleiro. Quanto ao Irã, o inferno desabou sobre o país, que banca os terroristas que querem destruir Israel. Os judeus estão mostrando que, junto com os Estados Unidos, têm as forças armadas mais poderosas do mundo, capaz de varrer da face da Terra qualquer um que se meta a valente. Se isso acabará com a vida na Terra é outra história.
Donald Trump não quer ver a cara do pé-inchado em Washington. Convidou, sim, o líder da Direita brasileira, Jair Messias Bolsonaro, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retém o passaporte de Bolsonaro, acusando-o de tentar um golpe de Estado em 8 de janeiro do ano passado, juntamente com algumas famílias, incluindo velhinhas.
Após ganhar as eleições, Edmundo González se refugiou na Espanha, pois se continuasse na Venezuela seria preso e morto. Esta semana, viajou para a Argentina, onde foi recebido pelo presidente Javier Milei, também conservador e que virtualmente já declarou guerra a Maduro.
Este ano, Hugo Armando Carvajal Barrios, El Pollo, O Frango, abrirá o bico na Justiça dos Estados Unidos. Ele sabe, e tem provas, da ligação de ditadores ibero-americanos com o narcotráfico e com políticos. Major-general do Exército Bolivariano da Venezuela e deputado na Assembleia Nacional pelo estado de Monagas, foi diretor geral da Contra-Espionagem Militar (DGCIM) da Venezuela, entre julho de 2004 e dezembro de 2011, e entre abril de 2013 e janeiro de 2014. Criou e dirigiu o Gabinete Nacional Contra o Crime Organizado e o Financiamento do Terrorismo.
Em 2019, foge para a Espanha, após ter reconhecido Juan Guaidó como presidente da Venezuela. O ditador, Nicolás Maduro, fraudara as eleições. Maduro acusou Pollo de “atos de traição contra o país”. Frango viajou por mar para a República Dominicana e de lá para a Espanha, via aérea, sob o nome falso de José Mourinho. Em 2021, é preso na Espanha e a Venezuela pede sua extradição.
Os Estados Unidos também pedem sua extradição, por crime de lavagem de dinheiro, fornecimento de armas e documentos de identidade a membros da guerrilha colombiana, as Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e narcotráfico, acusado de traficar cocaína para os Estados Unidos, incluindo um carregamento de 5,6 toneladas, transportado em abril de 2006, da Venezuela para o México e de lá para os Estados Unidos. Em 19 de julho de 2023, é extraditado para os Estados Unidos.
Frango afirma que dinheiro do narcotráfico financiou políticos de esquerda na América do Sul, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva; Néstor Kirchner, da Argentina; Evo Morales, da Bolívia; Fernando Lugo, do Paraguai; Gustavo Petro, da Colômbia; Ollanta Humala, do Peru; e Manuel Zelaya, de Honduras.
Quanto ao Foro de São Paulo, o ovo da serpente eclodiu em 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion, em São Paulo, quando um grupo de comunistas, sindicalistas, guerrilheiros, intelectualoides – como grafou o ex-espião e escritor Jorge Bessa –, artistas e militantes da Teologia da Libertação, fundou o Partido dos Trabalhadores (PT), surgindo, daí, Lula da Silva, a hiena de nove garras, engenheiro do Foro de São Paulo, seguindo orientação do arquiteto dessa organização: Fidel Castro.
Fim de 1988. Fidel Castro, ditador de Cuba, se reúne, pela manhã, no seu gabinete de trabalho, no Palacio de la Revolucion, em Havana, com seu ministro do Interior, o general José Abrantes, um de seus homens de confiança. O tema da reunião: tráfico de cocaína do Cartel de Medellín, de Pablo Escobar, para os Estados Unidos, segundo testemunho de Juan Reinaldo Sánchez, guarda-costas do ditador durante 17 anos, no seu livro de memórias A Vida Secreta de Fidel.
Três anos antes, em março de 1985, Mikhail Gorbachev assumira o comando da União Soviética e tentara salvar o império, cortando gastos e guinando para o capitalismo. Em 2 de abril de 1989, o líder soviético desembarca em Havana e comunica a Fidel Castro que a União Soviética não poderia mais arcar com as despesas de Cuba, em troca de manter o enclave soviético nas costas dos Estados Unidos. Que Fidel se virasse; a União Soviética estava agonizando, vítima do próprio comunismo. Fidel empalideceu, pois se acostumara a mamar na generosa teta soviética, tornando-se, graças ao comunismo, um dos maiores playboys do mundo. Naquelas alturas, a União Soviética já tinha reduzido substancialmente a ajuda a Cuba, daí porque Fidel se tornara um dos barões do narcotráfico, de modo que a Disneylândia das esquerdas na América Latina só contava, agora, com os dólares do Cartel de Medellín. Acobertado pela celebridade internacional do seu nome, como o revolucionário que desafiou os Estados Unidos, Fidel fizera um pacto com traficantes da Colômbia para que Cuba se tornasse o principal entreposto comercial da droga rumo aos Estados Unidos.
Mas, ainda naquele ano, 1989, Fidel sofreu novo golpe. A poderosa Drug Enforcement Administration (DEA), órgão do Departamento de Justiça dos Estados Unidos responsável pelo controle e combate às drogas, descobriu o esquema de Fidel, por meio de cubanos detidos nos Estados Unidos, que confessaram como a coisa funcionava. As investigações da DEA conduziram ao Cartel de Medellín e ao coração do governo cubano.
John Jairo Velásquez, o Popeye, homem de confiança tanto de Fidel como de Pablo Escobar, chefe do Cartel de Medellín, fez um relato minucioso sobre o envolvimento dos irmãos Castro com a droga de Pablo Escobar à jornalista Astrid Legarda, que escreveu o livro El Verdadero Pablo. Popeye assegura que Raúl Castro, irmão do ditador de Cuba e que o sucederia na chefia da ditadura cubana, era quem recebia os carregamentos da droga, acobertado pelo seu posto de comandante das Forças Armadas. Eram embarcadas de 10 a 15 toneladas de droga em cada operação.
Quando Fidel soube que a DEA tinha descoberto tudo, ficou apavorado, pensou rápido e descobriu um jeito de se safar, matando dois coelhos com uma só cajadada. Bolou um plano diabólico. Segundo o historiador britânico Richard Gott, em seu livro Cuba – Uma Nova História, visando se livrarem da prisão nos Estados Unidos, os irmãos Castro acusaram o general Arnaldo Ochoa.
Herói da revolução cubana, histórico e popular, um dos militares mais condecorados da história do país, além de ser um dos grandes líderes militares de Cuba, Ochoa tinha potencial para se tornar o Fidel Castro da Perestroika. Razão pela qual Fidel decidiu acabar com Ochoa, acusando-o de ser o comandante das operações de narcotráfico com Pablo Escobar, “alta traição à pátria e à revolução”.
Fidel usou o jornal oficial de Cuba, o Granma, para anunciar que uma investigação fora iniciada em abril de 1989, mandando prender, a partir de 12 de junho, seus próprios companheiros que faziam o trabalho do narcotráfico: cinco generais, entre os quais o ministro José Abrantes, 15 oficiais superiores e vários funcionários do Ministério do Interior, realmente envolvidos com o tráfico de drogas, porém sob o comando de Fidel. Traição suprema do líder cubano: prendeu, entre os generais, o herói Arnaldo Ochoa, recém-chegado de Angola, onde comandava uma guerra.
Ochoa foi preso dois meses depois da visita de Gorbachev, sob a acusação de comandar as operações de tráfico de drogas do Cartel de Medellín. Em 25 de junho, começou a encenação de um processo, durante quatro dias. Fidel presidiu a encenação no anonimato, dirigindo secretamente as sessões, instalado confortavelmente em uma sala do prédio onde se desenrolou a encenação.
Mario Riva, ex-tenente-coronel do Exército cubano e que migrou para Portugal, afirma que Arnaldo Ochoa foi usado como bode expiatório, que Fidel aproveitou para se livrar dele devido às críticas que Ochoa vinha fazendo ao regime, e que Ochoa assumiu a liderança do narcotráfico para salvar a vida de seus familiares, que seriam massacrados se ele não colaborasse. – Eu tinha conhecimento dos aviões que aterrissavam em Cuba vindos da América Central, mas Ochoa, não – afirmou Tony de La Guardia, também executado, e que estava realmente envolvido no tráfico, segundo Mario Riva, em declaração ao jornal Diário de Notícias, de Portugal, edição de 13 de julho de 2009.
No livro El Magnífico — 20 Ans au Service Secret de Castro, Juan Vivés, ex-agente do serviço secreto cubano, afirma que Raúl Castro era o chefe do acordo com Pablo Escobar. Vivés revelou que Raúl mantinha ainda relações com narcotraficantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que os sandinistas da Nicarágua estavam também envolvidos com o narcotráfico, por meio do capitão cubano Jorge Martínez, subalterno de Ochoa, e contato entre Raúl Castro, o ex-presidente nicaraguense Daniel Ortega e Pablo Escobar.
Um lote dos acusados foi assassinado ante o pelotão de fuzilamento e outro lote morreu na prisão. As prisões de Cuba são matadouros. Ochoa, juntamente com mais três condenados à morte, foi assassinado pelo pelotão de fuzilamento no dia 13 de julho de 1989, uma quinta-feira, por volta das 2 horas, no aeroporto de Baracoa, em Havana.
Assim, os irmãos Castro se livravam de uma invasão americana e prisão perpétua nos Estados Unidos, e ainda afastaram Arnaldo Ochoa da sucessão de Fidel. – Um homem dominado pela febre do poder absoluto e pelo desprezo ao povo cubano – declarou o guarda-costas de Fidel, Juan Reinaldo Sánchez.
Fidel precisava, desesperadamente, pensar em novo meio de manter sua boa vida. Sem a União Soviética e o Cartel de Medellín, tirar dinheiro de onde? E que tal sua própria União Soviética? A solução: o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, também ególatra, narcisista e ávido por poder e fama, se bem trabalhado tinha potencial para se tornar presidente do Brasil, o celeiro do mundo e maior país da Ibero-América, um continente que poderia se tornar a União Soviética tropical, um grande puteiro das esquerdas. Era só criarem um organismo que, a exemplo do Comintern de Lênin, serviria para apoiar movimentos comunistas em todo o continente, para o que só precisariam criar uma base de apoio confiável e com gente confiável.
Foi aí que Fidel teve a ideia de pôr as garras no Brasil, associando-se a Lula. E assim eclodiu mais um ovo da serpente: o Foro de São Paulo.
Sob a inspiração de Fidel Castro, Lula realizou um encontro, de 1 a 4 de julho de 1990, no extinto Hotel Danúbio, em São Paulo, reunindo 48 partidos políticos e organizações de esquerda, guerrilheiros e narcotraficantes, de 14 países latino-americanos e caribenhos, visando debater o mundo pós-queda do Muro de Berlim, que foi pulverizado em 1989. O mote central era: como fazer frente aos Estados Unidos? O Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e do Caribe ficou conhecido como Foro de São Paulo.”
Ray Cunha é escritor, jornalista e terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa, natural de Macapá, cidade que se debruça na margem esquerda, quase na boca do maior rio do planeta, o Amazonas, esquina com a Linha Imaginária do Equador, na Amazônia Caribenha. Vive em Brasília, Distrito Federal, Brasil. E-mail para contato: raycunha@gmail.com
José Aparecido Ribeiro é jornalista e editor – www.zeaparecido.com – 31-99953-7945
O Blog Conexão Minas não recebe verbas públicas, aceita anúncios, sugestões de pauta e doações pelo pix: 31-99953-7945
Nunca li uma matéria tão ESPETACULAR sobre o Comunismo/Socialismo, como esta que você trouxe Zé Aparecido. A história dos meandros escabrosos da
Esquerda (Comunismo/Socialismo) na América Latina e Rússia, associado ao tráfico de drogas e a sustentação do governo assassino de Fidel Castro, por Luiz Inácio Lula da Silva foram brilhantemente explicadas neste texto.