Eles vivem como reis absolutistas, ganham salários incompatíveis com a realidade do país, são portadores de sangue azul, intocáveis
15 de novembro é o dia da proclamação da República, data oportuna para divulgação de um movimento que ganha corpo e adesões por todo o país. Se somos uma República, por que funcionários públicos de alto escalão vivem como reis absolutistas? Vamos lembrar de algumas regalias absurdas daqueles que vivem como se fossem membros da realeza.
O custo anual de dias não trabalhados de funcionários do Poder Judiciário, Ministério Público e alto escalão do Governo Federal que tiram mais de 30 dias de férias por ano é de R$ 2,69 bilhões. Eles nem precisam de feriados, ao contrário da maioria, gozam de descanso duas e as vezes três vezes ao ano.
Cerca de 500 juízes federais da primeira e segunda instância receberam em um único mês mais de R$ 200 mil em 2020. Os Tribunais gastaram até R$ 92,8 mil por juiz em 2020, enquanto o salário médio da iniciativa privada não passa de R$3 mil.
Os supersalários dos governos federal, estaduais e municipais custam R$ 2,6 bilhões aos cofres públicos anualmente. Além de férias, regalias e auxílios que elevam os gastos com pessoal em 20%, eles possuem estabilidade e não precisam cumprir metas. Pasmem, os super salários acima do teto do poder judiciário custaram ao menos R$ 12 bilhões desde 2016.
Para piorar, em vez de acabar com esses e outros absurdos por meio da reforma administrativa (com inclusão do Judiciário e membros do MP) a aprovação do PL do fim dos supersalários, o estado brasileiro escolheu o caminho contrário: a PEC dos Precatórios, que vai dar calote nas dívidas e furar o teto de gastos.
Movimento denominado brasilsemprivilegios.
É justo que servidores sejam bem remunerados, sintam-se motivados a prestar bons serviços, tenham seus esforços reconhecidos, mas é inadmissível que alguns vivam como verdadeiros marajás, gozando de privilégio que são incompatíveis com os salários da maioria dos trabalhadores do país. Alguns inclusive quase não trabalham, seguem em casa até hoje em virtude da fraudemia da Covid-19.