As fiscalizações ao Pizzarela começaram depois da visita de Jair Bolsonaro, mas PBH rebate
Na última semana circulou pelas redes sociais, áudio do estrategista e especialista em Cultura Organizacional, colunista e membro do Partido Novo, Louis Burlamaque, que viralizou e foi parar na capital Federal, em gabinetes de servidores que ocupam altos cargos na República. (O Blog recebeu o áudio de várias fontes e mais de 100 leitores, alguns de Brasília, incluindo ex-assessores próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro).
No áudio, Louis relata que fiscais da Prefeitura de BH estão perseguindo a Pizzaria Pizzarela, cuja propriedade é do conhecido Silvinho, um senhor de 90 anos que estaria com a saúde fragilizada, graças as pressões dos fiscais da PBH que não dão sossego ao estabelecimento.
O Pizzarella é um local conhecido que fica na Av. Olegário Maciel no bairro Santo Agostinho. Tudo começou depois da visita do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo Louis. No mesmo áudio, ele relata que fiscais estão abusando das notificações e pede ajuda para cessar a perseguição.
“Até então, a casa nunca havia recebi um fiscal da prefeitura, e de uma hora para outra, após a visita do ex-presidente, no dia seguinte, várias blitz passaram a acontecer, incluindo fiscais de várias secretarias, transformando a vida do proprietário, Sr. Nelsinho, em um verdadeiro pesadelo”, relata o estrategista.
Nas palavras de Louis, “a ordem é quebrar a tradicional pizzaria por meio de multas que inviabilizem a permanência da casa, o que é um absurdo. Encaminhei o caso para os líderes do Partido Novo para que providencias sejam tomadas”, acrescenta.
Ele solicita ajuda para que as multas injustas sejam canceladas, bem como a perseguição ao estabelecimento que é tradicional e frequentado por simpatizantes da direita, cesse imediatamente.
O Blog ouviu o Secretário da Regional Centro Sul da PBH, Astolfo Junior, funcionário de carreira do DER, emprestado para a prefeitura e responsável pela Regional onde está situada a Pizzaria Pizzarela. De acordo com Astolfo, “não existe qualquer relação das fiscalizações com a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro, e não vê nexo com as multas aplicadas ao restaurante”, afirma.
Para ele, tudo não passou de uma coincidência. Relata ainda que de fato o restaurante está fora dos padrões exigidos para o seu funcionamento, e que: “antes de multá-lo, os fiscais deram prazos para ajustes que são exigidos a qualquer outro restaurante de Belo Horizonte. A fiscalização ocorreu graças a uma denúncia anônima por falto de acessibilidade ”, encerra.
“Em vistoria realizada novembro de 2023, foram constatadas as seguintes irregularidades: falta de acessibilidade a alguns salões do estabelecimento devido à presença de degraus e ausência de rampas, além de banheiros sem as devidas adaptações para pessoas com deficiência. Também foi verificada a ausência de licença para o engenho de publicidade. O estabelecimento foi notificado para realizar as adequações necessárias”.
Em nota a Diretoria de Fiscalização da Regional Centro Sul da Prefeitura de Belo Horizonte esclarece:
“Nota de Esclarecimento
A respeito das acusações feitas em um áudio amplamente circulado em grupos de WhatsApp, em que é mencionada uma suposta perseguição fiscal à pizzaria Pizzarella, a Prefeitura de Belo Horizonte, através da Fiscalização da Regional Centro-Sul, vem a público refutar veementemente tais alegações.
É importante esclarecer que as ações da fiscalização são guiadas unicamente pelo cumprimento da legislação municipal, sendo isentas de qualquer motivação política ou ideológica.
No caso da Pizzarella, a fiscalização foi realizada em resposta a uma denúncia oficial recebida em 6 de novembro de 2023, sob o protocolo nº 31.00716203/2023-03. A denúncia apontava problemas relacionados à acessibilidade para cadeirantes, tanto no interior da pizzaria quanto no passeio em frente ao local.
Em vistoria realizada na mesma data, foram constatadas as seguintes irregularidades: falta de acessibilidade a alguns salões do estabelecimento devido à presença de degraus e ausência de rampas, além de banheiros sem as devidas adaptações para pessoas com deficiência. Também foi verificada a ausência de licença para o engenho de publicidade. O estabelecimento foi notificado para realizar as adequações necessárias.
Em uma nova vistoria realizada em 2 de setembro de 2024, verificou-se que o banheiro para cadeirantes foi devidamente adaptado, mas o engenho de publicidade permanecia sem a devida licença, o que resultou na emissão de um auto de infração.
As medidas tomadas pela fiscalização, portanto, estão estritamente relacionadas à regularização de questões de acessibilidade e licenciamento, não havendo qualquer fundamento para as alegações de perseguição ou interferência política. Reiteramos que a fiscalização atua de forma técnica e imparcial, sempre em conformidade com a legislação vigente e em prol do bem-estar coletivo.
Atenciosamente,
Diretoria de Fiscalização Centro-Sul”
José Aparecido Ribeiro é jornalista e editor
www.zeaparecido.com.br – WhatsApp: 31-99953-7945
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Inadmissível essa perseguição!
O que causa estranheza, na explicação da PBH, é que a fiscalização tenha ocorrido no mesmo dia da denúncia anônima.
Quantas eficiência!!
Creio que a solidariedade do Sr. Louis em relação a tradicional Pizzaria teve ter bastante fundamento,pois me pareceu uma pessoa de extrema educação e muito cuidadosa para com os relatos.
Onde há fumaça, há fogo.
obs. funcionário emprestado a prefeitura. Tbm,infelizmente, não confio nesta gestão da atual Prefeitura.
Não acredito nesta prefeitura, a pior dos últimos 50 anos. Não são confiáveis e são esquerdistas corruptos.
Concordo….