Av. Cristiano Machado, desleixo que revela a decadência de BH

Semana passada escrevi sobre a penúria da Av. Pedro II, com o seu comércio quebrado e mais da metade das lojas fechadas, disponíveis para alugar ou vender. Esta semana passei pela Av. Cristiano Machado em direção a Confins e o cenário é de abandono, decadência e tristeza, prova inconteste de que a cidade está à deriva, não por falta de dinheiro, mas ao que parece, por desleixo e acomodação de agentes públicos que não cumprem suas obrigações.
A porta de entrada de Belo Horizonte é a Linha Verde, sua continuação até o centro da capital se dá pelo corredor Pedro I e Antônio Carlos, ou pela Av. Cristiano Machado. Quem chega e quem vai embora da cidade leva a pior imagem que uma cidade pode ter na cabeça de um turista, a de que está abandonada. Nós não enxergamos mais a feiúra de partes da cidade, nos acostumamos com ela, mas o turista enxerga. O mato tomou conta dos canteiros centrais da Cristiano Machado do Túnel até o Shopping Estação. É provável que em todo o percurso não tenha uma única grade que separa a pista do Move e as laterais em pé por mais de 30 metros.
No cruzamento com o Anel Rodoviário a sensação piora, pois o mato tomou conta dos canteiros e eles são enormes. Se não bastasse os viadutos viraram moradia de indigentes. O cenário chega a assustar, e quem vai embora de certo leva uma imagem de uma cidade mal cuidada. Salta aos olhos também a depredação da sinalização vertical e a ausência da sinalização horizontal em varios trechos. As faixas no asfalto sumiram. Só tem uma coisa em todo o percurso que segue impecável e funcionando a todo vapor: O arsenal de aparelhos montados pela BHTrans para fazer a única coisa que ela esmera, MULTAR.
A intenção aqui não é criticar, como pensam os assessores do prefeito que tentam de todas as maneiras me desqualificar, ameaçando inclusive não liberar verba de publicidade para quem pública artigo de minha autoria. A verdadeira intenção aqui é lembrar que BH vive a pior crise econômica da sua história. Um dos poucos setores da economia que podem gerar emprego renda e impostos é o turismo. Porém, não existe eventos e turismo em uma cidade suja e mal cuidada. Prefeito Kalil, tire a poupança da cadeira e, sozinho de preferência, circule pela cidade, lembre que a estética tem importância, veja com os próprios olhos o que seu time não está conseguindo perceber. Se o que eu falei aqui não te tocar, pense na hipótese de voltar a ser presidente do Galo.
Com respeito,
José Aparecido Ribeiro
Jornalista – jaribeirobh@gmail.com
WhatsApp 31-99953-7945
By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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