POR, José Aparecido Ribeiro
A BHTrans instalou mais sinais na Av. Amazonas na altura da Rua Brumadinho no bairro Prado, aumentando para 50 interrupções de tráfego no trajeto entre a Praça da Estação e o Anel Rodoviário. A ordem é não deixar o trânsito fluir. Vale tudo para piorar o que já está ruim na tentativa de recuperar o direito de multar, como se multa fosse o remédio para melhorar o trânsito de BH.
A “onda vermelha” na Av. Amazonas funciona como um relógio suíço, especialmente se no cruzamento existir um detector de avanço de sinais funcionando como maquininha caça níquel. Entre o início e o fim deste importante corredor que liga o Centro à Zona Oeste da Capital, dependendo do horário o motorista para mais de 35 vezes. A sequência de fechamento dos sinais respeita uma lógica de uma parada para cada dois cruzamentos livres.
Em tempos de gasolina há R$5 o litro, o resultado não é bom para o bolso e nem para o meio ambiente. O desatino da BHTrans para desestimular o uso do carro através da contenção de tráfego afeta também a saúde do motorista e aumenta o risco para o pedestre. Eles insistem em tirar carro das ruas por decreto, ao invés de realizar as obras que a cidade espera há 40 anos.
Trânsito que não flui significa estresse, e estímulo para o motorista acelerar na tentativa de recuperar tempo parado inutilmente. A tradução dessa matemática simples é maior risco de acidentes com vítimas, incluindo pedestres em travessias que deveriam ser feitas em passarelas suspensas ou subterrâneas.
Vale lembrar que o mesmo grupo de petistas ocupam a diretoria da BHTrans há 30 anos, intervalo que a mobilidade visivelmente piora. Sorte dos acomodados que cuidam do assunto é que o prefeito segue deslumbrado com ideia, é não com o resultado de ser administrador da cidade. . Quem está adorando tudo isso, são os “cumpanheiros” que fabricam sinais de trânsito. A propósito, você sabe quanto custa um conjunto de equipamentos desses? Se não sabe, é melhor nem ficar sabendo, você pode não acreditar.
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