Dr. Eduardo Leite partiu na manhã desta terça-feira (24) deixando legado que jamais será esquecido por quem pratica e valoriza a medicina hipocrática

Exemplo de coragem em defesa da medicina hipocrática, valorizava o acolhimento como pontapé para qualquer tratamento vitorioso, deixa saudades e um legado importantíssimo para os Médicos pela Vida 

Os Médicos pela Vida-MPV perderam na manhã desta terça-feira (24), vítima de uma câncer de pâncreas, um dos seus maiores e mais aguerridos combatentes da medicina hipocrática, o Dr. Eduardo Leite, cirurgião de Feira de Santana-BA que foi um dos fundadores do Movimento.

O MPV teve início logo no começo da pandemia e hoje conta com mais de 40 mil profissionais de saúde que defendem o tratamento precoce contra qualquer doença, não apenas a Covid-19. São profissionais que não se contentam com o “fica em casa”, e não admitem cruzar os braços em momentos de aflição de seus pacientes.

Amante das Harley Davison e de Beethoven, depois da família, filhos e “Ledinha,” como ele gostava de chamar a esposa, Dra Lêda, também médica. Dr. Eduardo vibrava em alta frequência enquanto esteve ativo por 48 anos, especialmente depois do advento da pandemia, ao deixar a aposentadoria, voltando a ativa ainda mais ávido por conhecimento.

Defendia a autonomia médica com brilho nos olhos e faca nos dentes se necessário. Não cruzou os braços como fizeram milhares de médicos durante a emergência da Covid, e questionava os métodos engessados da OMS, bem como seus verdadeiros interesses. Sempre lembrava dos conflitos de interesse escandalosos que a agência de saúde da ONU não consegue mais esconder.

Dr. Eduardo era crítico ferrenho dos métodos utilizado pela mídia mainstream a serviço de ideologias e partidos políticos sem compromisso com a verdade e nem com a vida. Enfrentava as câmeras e os microfones de peito aberto, com a consciência leve e a firmeza necessária para convencer jornalistas e repórteres que tentassem diminuir ou desacreditar o trabalho oferecido gratuitamente pelos voluntários do Médicos pela Vida. E conseguiu levar luz aos que honraram a deontologia do jornalismo, fazendo a verdade prevalecer onde reinava narrativas e interesses inconfessáveis da chamada Big Pharma.

Desde muito cedo, em hospitais de Salvador e Feira de Santana, onde morava e atuava como médico, deixou lições que serviram e continuarão servindo a gerações de cirurgiões. Valorizava a vida e sabia acolher as pessoas. Nas suas lives sempre lembrava da importância do acolhimento como parte da terapia de cura. Fazia o que pregava e era querido por colegas e pacientes que tiveram a saúde restabelecida pelas mãos e notável saber do Dr. Eduardo Leite.

Vítima de câncer de pâncreas lutou com galhardia e não esqueceu dos Médicos pela Vida nem nos momentos cruciais da sua existência. Durante a realização do 3º Congresso Mundial Médicos pela Vida em sinergia com a FLCCC Aliance, realizado em São Paulo há duas semanas, com presença marcante de cientistas e médicos de vários países, enfermo e com dificuldades para falar, fez questão de mandar uma mensagem de incentivo, sempre lembrando do acolhimento como pontapé inicial de qualquer tratamento vitorioso.

Aquariano, dono de um carisma magnetizante, Dr. Eduardo não se curvava às pressões da indústria farmacêutica nem tampouco as práticas que desumanizavam a medicina. Fazia questão de lembrar que a cura ocorre por um conjunto de fatores, entre eles a confiança e o pacto tácito necessário, cujo poder curativo, essencial e base na relação médico-paciente ao primeiro contato. Dizia que existe em curso uma indústria da doença, e que a defesa da saúde começa com uma boa nutrição, boas conexões, otimismo, amor ao próximo e as “receitas da vovó”.

Defendia a medicina hipocrática com vigor e não abria mão da autonomia médica, ainda que para isso tivesse que usar a autoridade que lhe conferia os 48 anos de exercício da profissão e os cabelos brancos. Era defensor da “Molécula da Vida”, a Ivermectina, fármaco conhecido, barato e com propriedades químicas capazes de combater mais de 200 doenças, inclusive o câncer.

Dr. Eduardo graduou-se pela respeitada Escola de Medicina da Bahia, médico cirurgião de Feira de Santana, ex-diretor do hospital Estadual Cleriston Andrade. Foi chefe de equipe do Hospital Getúlio Vargas de Salvador. Atuou como Preceptor da residência de cirurgia geral nos Hospitais HGV e da Irmã Dulce em Salvador. Coordenador do Serviço de Cirurgia Geral e de Vídeo Cirurgia do Hospital EMEC onde foi sócio até recentemente. Hospital hoje que pertencer a Rede Mater Dei de Saúde.

Foi autor de tres livros: Política e Corrupção na Saúde parte I e II. Foi coautor do livro Aspectos Sociológicos, Criminológicos e Jurídicos da Corrupção e do recém-lançado livro que está fazendo sucesso com edição já esgotada: COVID-19 a Pandemia da Estupidez, cujo prefácio tive a honra de escrever.

Sua trajetória a partir do anúncio pela OMS, do início da Pandemia em março de 2020, quando já aposentado, se sentiu impelido a retornar aos livros e ao exercício da medicina, por medo de perder os filhos, todos médicos no front da emergência de hospitais que recebiam pacientes vítimas da Covid-19, serviu para escrever também a história do MPV, que segue sob o comando do amigo, Dr. Antonio Jordão Neto que ao lado do Dr. Eduardo, seguirá defendendo a causa que une os Médicos pela Vida de todo o Brasil.

Deixo meu registro de agradecimento, respeito e carinho pelo Dr. Eduardo, que foi o grande responsável pelo meu engajamento no Movimento Médicos pela Vida, desde o início da pandemia. Que Deus o tenha no lugar de honra que ele merece. Vá em paz e com o sentimento do dever cumprido. Obrigado pela confiança e por acreditar no meu trabalho!

José Aparecido Ribeiro é jornalista e âncora do MPV

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