Diante de revelação da Organização Mundial da Saúde – OMS, feita na segunda feira (8) pela diretora do programa de emergência sanitária Maria Van Kerkhove sobre equivoco no modelo de isolamento, o prefeito de Belo Horizonte não terá mais argumentos para manter parte do comércio fechado. Kalil usa as orientações da “ciência” como se ela não pudesse agir a serviço da política e de interesses antirrepublicanos.
Sei que tentarão reposicionar a fala da diretora da OMS de acordo com a conveniência da mídia conspiradora fake news (Globo, Band, CNN, portais e jornais conhecidos), todos a serviço de quem paga mais. A própria diretora será enquadrada devendo negar o que disse ontem. Porém o que ela afirma e centenas de médicos renomados de várias partes do mundo já haviam anunciando, inclusive o ex-ministro da cidadania Osmar Terra, também médico e ex-secretário de saúde do RS, confirmam que o modelo de isolamento mais eficaz é o vertical. Ainda que tarde, os que se dizem contra acabarão reconhecendo.
O que justifica uma cidade de 2,7 milhões de habitantes e 50 óbitos, permanecer fechada?
Com efeito, independente do que diz a OMS, nada justifica o fato de shoppings populares ocupados predominantemente por imigrantes chineses estarem abertos, enquanto os tradicionais explorados por empresários belo-horizontinos permanecem fechados. Com ou sem acordos espúrios, as atividades econômicas em BH precisam ser retomadas imediatamente.
Especula-se que o movimento orquestrado visa empurrar a quarentena até 31.12.2020, mantendo as licitações suspensas na PBH. Comenta-se também que o objetivo secundário é provocar quebradeira de comerciantes belo-horizontinos para que os chineses apresentem-se como salvadores da pátria, comprando pontos e estoques a preço de banana. Será que os orientais fazem parte do embuste de conveniência e viabilidade econômica dos mentores envolvidos na trama sórdida?
Circulam na internet questionamentos razoáveis, alguns deles viralizaram e sugerem atenção: “A quem interessa que lojistas da Galeria do Ouvidor e do hiper-centro venham a falência? Existe uma raça que sonha em comprar pontos no tradicional comércio do centro. Quem será? E o pior, tudo com a conivência de quem diz nos defender enquanto comete genocídio empresarial?”, conclui o autor.
Outro comentário que ganhou as redes sociais está fundamentado na lógica e diz: “Pense na inteligência de um político que manda fechar a orla da lagoa da Pampulha, as praças, mas permite a abertura dos shoppings populares?” O comentário encerra com um desafio: “Diariamente um milhão de pessoas usam o precário transporte coletivo de BH, e nele a cada metro quadrado seis pessoas estão praticamente grudadas umas nas outras”, e conclui, “se o vírus fosse o que dizem, metade da população de BH já teria virado estatística”.
Por que os chineses estão sendo privilegiados com a reabertura de suas lojas?
Fontes dentro da prefeitura informaram que empresários conhecidos estão envolvidos no prolongamento da quarentena. Por trás também agem secretárias de governo responsáveis pela retirada de camelôs do centro, cuja atuação permitiu que a ocupação de shoppings fossem tratadas fora da lei de ocupação na proporção de 1 para 1,9 M2 o potencial construtivo, liberando geral na ocasião. A operação urbana é embasada na Lei 11.074 de 05/10/2017 – Art14, que trata das contrapartidas.
As mesmas fontes revelaram que o espaço negociado e o valor em troca de potencial construtivo teriam rendido alguns R$ milhões… Dinheiro este que está sendo utilizado na construção de shopping nas cercanias de BH rumo a “BR 3”. A fonte confidenciou ainda que tal empresário teria como parceiros grandes distribuidores chineses de SP, empreendedores de shoppings populares naquela capital. Será este o motivo da proteção aos empresários que passaram por operação urbana, leia-se, Casa dos Chineses?
Perceba que a narrativa do prefeito Kalil sempre foi: “As vidas valem mais do que os empregos”, porém a única exceção que quebra sua cantilena é a abertura dos shoppings OI, UAI e as lojas de chineses por toda cidade mantendo, “inexplicavelmente”, o fechamento dos demais shoppings e do comércio da capital hoje praticamente falido.
Interesses políticos, econômicos e escusos por trás da abertura seletiva.
Não resta dúvida para quem conhece os movimentos obscuros nos bastidores do poder que a quarentena prolongada tem sim interesses políticos, econômicos e espúrios, capitaneados por oportunistas que militam em causa própria às véspera de mais um pleito municipal. Tudo na calada da noite e no silêncio dos gabinetes da PBH.
A propósito, por onde anda o MP, Receita Federal e Sec. Da Fazenda, a justiça, as associações e os homens de bem desta cidade? A CMBH que deveria agir, todo mundo sabe, está afinada com o prefeito em seu projeto de reeleição, é mera espectadora e extensão do gabinete do mandatário, com exceções raríssimas e honrosas, que não passam de cinco, dos 41 vereadores. Haja sangue frio para tanta picaretagem. Mas será que existe crime perfeito?
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