Endometriose e a Síndrome do Ovário Policístico- entenda as diferenças!

Com sintomas semelhantes, a endometriose e a síndrome do ovário policístico(SOP) quase sempre dão confundidas, embora tenham causas diferentes

Foto: Montagem – reprodução aparelho reprodutor

A endometriose e a síndrome do ovário policístico são dois problemas ginecológicos que frequentemente afetam a saúde da mulher no Brasil. Embora compartilhem alguns sintomas semelhantes, essas condições têm causas e características distintas. É essencial compreender as diferenças entre as duas doenças para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.

Endometriose

Se desenvolve lentamente e pode afetar de maneira drástica a fertilidade e qualidade de vida da mulher e, de acordo com a Associação Brasileira de Endometriose (SBE), 1 em cada 10 mulheres sofre com endometriose no Brasil, 57% das pacientes têm dores crônicas e mais de 30% dos casos levam à infertilidade.

Seu diagnóstico costuma ser feito entre os 25 e 35 anos, porém, muitas adolescentes apresentam os sintomas nas primeiras menstruações, que acabam sendo minimizados como algo normal.

O Blog conversou com o Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), sobre o tema: “A doença se caracteriza pela presença de tecido do endométrio, camada que reveste o útero e é responsável pelo sangramento durante a menstruação, para fora da cavidade uterina, podendo atingir o intestino e outros órgãos pélvicos, causando fortes dores abdominais”, explica o especialista.

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) 

Esta doença se caracteriza pela presença de pequenos cistos nos ovários, associados a um desequilíbrio do ciclo ovulatório e dos hormônios femininos. Na SOP, os folículos ovarianos não amadurecem adequadamente, formando pequenos cistos nos ovários. Esses cistos podem causar desequilíbrios hormonais, levando a sintomas como menstruação irregular, aumento dos níveis de testosterona, acne, aumento de pelos corporais e dificuldade para engravidar.

Embora a causa exata da SOP ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que fatores genéticos, resistência à insulina e desequilíbrios hormonais desempenham um papel importante. “O diagnóstico da SOP geralmente envolve a análise dos sintomas, exames de sangue para verificar os níveis hormonais e ultrassonografia para detectar a presença de cistos nos ovários”, comenta Tcherniakovsky.

Diferenças entre Endometriose e SOP

Embora tanto a endometriose quanto a SOP afetem a saúde feminina e possam causar sintomas semelhantes, existem diferenças importantes entre as duas condições, são elas:

  • Localização dos sintomas:na endometriose, os sintomas geralmente estão relacionados à dor pélvica, enquanto na SOP, eles estão mais ligados a desequilíbrios hormonais e irregularidades menstruais;
  • Causa:a endometriose está relacionada à presença de tecido endometrial fora do útero, enquanto a SOP é causada por desequilíbrios hormonais e disfunção ovariana;
  • Localização dos crescimentos:na endometriose, os crescimentos ocorrem fora do útero, afetando os órgãos pélvicos próximos, como ovários e trompas de Falópio. Já na SOP, os cistos se formam nos próprios ovários.
  • Diagnóstico:o diagnóstico da endometriose geralmente envolve uma combinação de exame clínico, ultrassonografia e laparoscopia, enquanto o diagnóstico da SOP é baseado na análise dos sintomas, exames de sangue e ultrassonografia.

A endometriose e a síndrome dos ovários policísticos são duas condições ginecológicas distintas, embora possam compartilhar de algumas situações em comum. A mais importante, talvez seja que ambas são estimuladas por uma ação maior do estrogênio (hormônio feminino).

É essencial que as mulheres busquem orientação médica adequada caso apresentem sintomas como dor pélvica, menstruação irregular ou dificuldade para engravidar. Um diagnóstico preciso e um tratamento adequado podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e preservar a saúde reprodutiva”, finaliza o diretor da SBE.

Sobre Dr. Marcos Tcherniakovsky

Ginecologista e Obstetra, é especialista em Endometriose e Vídeoendoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Atualmente é Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose.(SBE),  Membro da Comissão Nacional de Especialidades em Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Médico Responsável na Clínica Ginelife, Médico Responsável pelo Setor de Vídeo Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC,, especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO.

Site: https://www.endometriose.sampa.br/

Instagram:  @dr.marcostcher  

Sobre a Ginelife

A Ginelife é uma Clínica especializada na Saúde da Mulher com ênfase em Ginecologia e Obstetrícia., há  mais de 15 anos. A equipe é composta por médicos experientes e altamente capacitados, com mais de 20 anos de estudos, que se preocupam com um atendimento humanizado e personalizado, que podem compartilhar seus conhecimentos em diversas áreas de saúde, como ginecologia, endometriose, obstetrícia, fisioterapia pélvica e nutrição. Conta com uma infraestrutura completa, modernizada com atendimento especializado e qualificado.

Site: http://ginelife.com.br/

Instagram: @clinicaginelife

  • O Blog foi provocado pela agencias Medellín Comunicação de São Paulo – Jornalista Renata Sbrissa

José Aparecido Ribeiro é jornalista e editor

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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