O programa descentraliza recursos, fortalece os municípios e coloca os artistas no centro da política cultural do estado
O Governo de Minas lançou projeto que vai injetar recursos na casa de R$1 bilhão nas artes. Intitulado o Ano Mineiro das Artes (AMA 2025), trata-se de um marco histórico para a cultura no estado. A iniciativa garante que os recursos serão pulverizados entre os municípios com apoio direto aos artistas, trazendo eles para o centro das políticas públicas.
O projeto AMA 2025 é um movimento coletivo que tem como objetivo fortalecer a cultura como vetor de desenvolvimento socioeconômico. Qualquer artista ou coletivo que possui talento e produz culturalmente, pode pleitear recursos que serão disponibilizados por meio de editais, incentivos fiscais, festivais, circuitos culturais e ações integradas de preservação do patrimônio e fomento à criação artística.
O programa vai conectar todas as regiões do estado em um grande ciclo de valorização das artes: O governador fez questão de destacar em entrevista coletiva que “Minas Gerais sempre foi um celeiro de talentos. O Ano Mineiro das Artes reforça nosso compromisso com artistas, gestores culturais e municípios, garantindo que os recursos cheguem diretamente àqueles que fazem a cultura acontecer”, afirma Romeu Zema que é um dos governadores mais bem avaliados do Brasil.
Maior volume de investimentos da história
O AMA 2025 é um projeto inédito, e garante volumes de investimento jamais vistos no setor cultural de Minas Gerais. Vai possibilitar a estruturação de um programa robusto de fomento e preservação capaz de contemplar todas as expressões artísticas e culturais do estado. As motivações, segundo o próprio govenador são econômicas e sociais, uma vez que leva oportunidade para uma parcela da população que vive da cultura.
São várias as ações que materializam o Projeto AMA 2025: O Edital Minas Mundo, de incentivo à internacionalização e ao intercâmbio de artistas mineiros; o Circuito Metropolitano das Artes, com grandes eventos culturais em BH e cidades do entorno; o Simpósio Internacional das Artes, que trará debates sobre arte, inovação e futuro da cultura; o Arte e Educação, com iniciativas que integram a cultura ao ensino e à formação artística, além de um amplo plano de preservação do patrimônio cultural, com investimentos cerca de R$ 100 milhões para restauração de bens tombados e valorização dos saberes tradicionais.
O Blog conversou com o Secretário Leônidas Oliveira, o comandante in chefe de toda essa revolução que está acontecendo na Cultura e no Turismo de Minas Gerais, e que começou em meados de 2020 em plena pandemia da Covid-19 e vem num crescente que fez Minas Gerais ser o estado que mais cresceu no turismo em termos percentuais, feito inédito. Ao enxergar a transversalidade das duas áreas, Leônidas montou um time que trabalha diuturnamente fazendo a Secult-MG ter um protagonismo no governo que nunca se viu em outras gestões passadas.
“O Ano Mineiro das Artes é um compromisso com a memória e o futuro da nossa arte. É um programa que fortalece a identidade mineira e coloca nossa produção cultural no cenário global”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo que é PhD em Cultura.
Descentralização é a palavra chave
O principal pilar do Projeto AMA 2025 é a descentralização, uma garantia de que as cidades, antes esquecidas em termos de investimentos culturais, ganhem protagonismo por meio do acesso aos recursos financeiros que serão investidos na cultura. O programa contará com a participação ativa dos municípios, por meio de parcerias com a Associação Mineira de Municípios (AMM), prefeituras, consórcios intermunicipais e gestores culturais locais.
Mas a ação não evolve só o governo estadual e os municípios, terá apoio total do setor privado e diversas instituições públicas que trabalham com incentivo aos pequenos negócios e a inclusão econômica: Sebrae, Cemig, Codemge, Gasmig e diversas empresas que sabem da importância da cultura como motor de desenvolvimento. “O AMA 2025 é um pacto entre governo, municípios e a sociedade civil para fortalecer a cultura e gerar oportunidades para artistas em todas as regiões do estado”, explica a subsecretária de Estado de Cultura, Maristela Rangel.
Carnaval das Artes: Tradição, democracia, diversidade e oportunidade de renda
Como o Carnaval é uma manifestação cultural que a cada ano ganha mais espaço em Minas Gerais, incluindo a capital, cujo protagonismo é dos blocos de rua, a primeira grande ação do Ano Mineiro das Artes, começa com ele. A festa, será ampliada para integrar arte urbana, espetáculos de rua, mostras de cinema, espaços interativos, exposições e manifestações culturais em um grande palco a céu aberto, ampliando o impacto da economia criativa no turismo e na geração de empregos.
O Blog conversou também com o presidente da Fundação Clóvis Salgado, o jornalista Sérgio Rodrigo Reis, que é um profundo conhecedor do tema: “O Carnaval vai trazer com o este incentivo, uma oportunidade de inovação, despertando a criatividade e consolidando ainda mais esta festa tradicional que a cada ano torna-se mais democrática e diversa, reforçando sua potência como manifestação cultural. Vamos ter ações que ampliarão ainda mais a identidade do carnaval mineiro”, destaca o presidente do Palácio das Artes.
José Aparecido Ribeiro é jornalista e presidente do Conselho da Abrajet-MG
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Não li sobre o envolvimento de organizações da sociedade civil.