Foto: Acervo Hospital Felício Rocho
Na semana passada precisei dos serviços de um dos maiores hospitais de Belo Horizonte, o Felício Rocho, que funciona desde 1942 e mais uma vez pude comprovar que no que diz respeito à medicina de ponta e humanizada, a capital mineira está muito bem servida. Depois de adiar por mais de 24 horas a busca por ajuda especializada, e já percebendo alterações no corpo que não são comuns, fui ao pronto atendimento do hospital para uma consulta que eu achava que fosse encerrar com exames, prescrição de remédios e retorno imediato para casa. Ledo engano.
Entrei no hospital às 15h da terça feira (4), sendo atendido por uma jovem e talentosa médica, Dra. Stella D’Avila de Souza Ramos. Com rapidez e precisão ela fez um diagnóstico certeiro e me comunicou que naquele dia eu não voltaria para casa, o que veio a ocorrer na sexta-feira (7). Daí em diante assisti por quatro dias o profissionalismo de um exército de operários da saúde altamente qualificados e o mais importante, humanos, treinados não apenas para procedimentos médicos, mas para tratar pessoas, todos sem exceções, entusiasmados e engajados.
Este texto eu dedico a eles e a quem dirige o hospital Felício Rocho, mas antes a um homem que coloco na categoria de anjos vivos cuja missão é salvar vidas, disseminar conhecimento e devolver felicidade para as pessoas. Refiro-me ao Dr Francisco de Assis Teixeira Guerra, Cirurgião chefe da Urologia do Felício Rocho que por obra da Divina Providencia já esteve no meu caminho por três vezes.
É ele o comandante em chefe de uma força armada de amor e de abnegação, time do mais alto gabarito que me faz continuar acreditando na cidade de Belo Horizonte, apesar de tudo que os políticos que governaram ela depois de 1992 fizeram para destruí-la. Gente que nos envergonha pelo baixo nível intelectual e moral, alguns beligerantes e até mentirosos contumazes.
Chico que não é o Xavier mas vibra na mesma frequência.
Chico como é carinhosamente tratado pelos alunos e colegas de farda branca, possui uma aura que seu xará de sobrenome Xavier lá de Uberaba provavelmente chamaria de elevada no grau máximo. A Deus e a ele devo a minha vida pela terceira vez. Mas como já citado, ele não trabalha sozinho, a engrenagem do Felício Rocho é como um formigueiro de operários, ou o próprio corpo humano em sua divina perfeição. Eles não param um único minuto.Trabalham 24 horas cuidando de milhares de vidas, e fazem isso com amor, é nítido para que enxerga além das aparências.
Para ajudá-los na missão de servir ao próximo o hospital conta com arsenal tecnológico de última geração, tudo conectado ha tempo e a hora. Do momento da abordagem fora da portaria a fim de separar pacientes convencionais daqueles que apresentam sintomas de Covid-19, oferecendo segurança a pacientes e colaboradores, até o momento em que as pulseirinhas foram cortadas na outra extremidade do hospital, quatro dias depois, no que parece uma cidade de concreto que brilha de tanta limpeza, testemunhei uma orquestra sinfônica afinadíssima. Gente que trabalha por vocação, de alma limpa e com o espírito de servir.
Para não cometer injustiças deixando de citar nomes que anotei durante minha estada no Felício Rocho, vou agradecer por atacado, até por que técnicos de enfermagem, enfermeiros, copeiros, faxineiras, auxiliares administrativos, residentes, médicos e profissionais são verdadeiros equilibristas de um piano gigantesco que carregam nas costas sorrindo e cujo prumo, bem como a afinação não dispensa ninguém. Na pessoa do Dr Francisco Guerra agradeço ao time do Felício Rocho pelo carinho e dedicação. Vocês foram responsáveis por quatro dias passarem tão leve que me fez lembrar um piscar de olhos.
Obrigado!
José Aparecido Ribeiro é jornalista em Belo Horizonte
Jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945
