Hotelaria de BH debate na Câmara Municipal direito de instalar placas

A Câmara Municipal de BH debate hoje com hoteleiros o Código de Postura que proíbe a instalação de placas nas fachadas dos hotéis da capital, os conhecidos ”engenhos de publicidade”. A Audiência  Pública foi convocada pelo vereador Léo Burguês (PSL) e vai discutir com os empresários  de hotéis a proibição do uso da fachada dos empreendimentos para instalação de placas. A lei trata também das exceções para hospitais, que estão sujeitos à mesma regra.
O empresário Rodrigo Cançado acha que a lei em Bh é muito rígida e prejudica não só os hotéis, mas o turismo. Proprietario do Intercity Expo BH, o hotel tem localização  estratégica, na Av Amazonas próximo ao Expominas. “Meu hotel está visível para quem passa na Av. Amazonas, na Via Expressa e para quem transita pelo Anel Rodoviário, porém eu não posso instalar, às minhas custas, uma placa nas empenas do prédio que é destinado a atividade de hotelaria, pois a lei não permite”. “Isso só acontece em BH”. O setor que já vive momentos difíceis, deveria ter incentivos, e não leis restritivas, sem razão de ser como essa, conclui o hoteleiro.
No centro de BH não é diferente, Cesar Viana, gerente Geral do Hotel Financial,  informa que embora o hotel que ele administra há 15 anos seja bastante  conhecido, o fato de não poder ter placa informando que o prédio é um hotel, prejudica o hóspede e o empreendimento. Com 70 anos de vida o Financial assistiu a implantação de leis restritivas que só atrapalham o turismo, em especial o setor de hotelaria, reclama. O gerente do tradicional hotel da Praça Sete cita pontos de ônibus na porta, camelôs, bancas de engraxate, passeios que são verdadeiras armadilhas, lembra que até cigarro contrabandeado é permitido pela PBH e ”isso o poder público não enxerga”. O profissional tem 45 anos de dedicação à hotelaria e já presidiu a ABIH-MG (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) seção Minas Gerais.
“A hotelaria recolhe impostos e não tem direito nem de colocar uma placa decente na fachada, como acontece em qualquer lugar civilizado do mundo, conclui o gerente”. Maarten Van Sluys, consultor e diretor da JPR Assessoria e Consultoria em Hotéis lembra que as placas ajudam orientar o hóspede e defende que a exceção deve existir em casos específicos, “a lei em Belo Horizonte é muito rígida e ao contrário do que sugere o bom senso, trás prejuízos para a cidade e não só para hotelaria”. “Hotéis no mundo todo tem em suas fachadas o nome no alto do prédio e nas entradas”, aqui nem toldo é permitido, conclui Maarten.
A audiência na CMBH começa às 11h e promete ter debates acalorados. A hotelaria anunciou que vai comparecer em peso para pressionar os vereadores na flexibilização do Código de Posturas. A cidade tem vocação para eventos e turismo de negócios, e passa por período de reacomodação, haja visto o grande número de novos hotéis que foram construídos para a Copa de 2014. Para o Vereador Léo Burguês, líder do governo Kalil a reivindicação é legítima e ele acredita que o assunto será resolvido. O vereador lembra que os hotéis recolhem 5% do seu faturamento para os cofres do município e é justo que possam usar com regras mais flexíveis às suas fachadas para exposição do nome e suas marcas, assim como ocontece em qualquer cidade que valoriza o turismo. O vereador disse ainda que no que depender dele e do prefeito Alexandre Kalil a hotelaria vai ser atendida.
Jose Aparecido Ribeiro
Jornalista – jaribeirobh@gmail.com – Whatsaap 31-99953-7945
By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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