Intervenção federal na saúde do Amazonas não é por acaso, mas pode ser oportunidade do governo federal mostrar que o confinamento vertical é viável e seguro

No ultimo domingo (19) escrevi sobre o projeto da Rede Globo em disseminar o terror no Brasil usando como exemplo “meias verdades” sobre o caos na saúde de Manaus, capital do Amazonas, que sofre hoje muito mais pela falta de investimentos, sucateamento e corrupção do que pelas consequências do Covid-19. O objetivo da emissora é transferir para o governo federal a responsabilidade que deve ser atribuída ao governo estadual.

O JN do sábado (18) foi dedicado a mais uma seção de calúnias contra a imagem do presidente Jair Bolsonaro, e menos ao jornalismo ético que há muito foi mandado às favas pelo Grupo. O compromisso com a verdade deu lugar ao ativismo político e a conspiração para derrubar um presidente que fechou a torneira da corrupção e das alianças espúrias que permeiam o ambiente político em Brasília em benefício de partidos e agentes públicos desonestos.

O toma lá da cá simplesmente acabou e isso incomoda muita gente, inclusive as Organizações Globo. O que a emissora parece não ter percebido ainda é que sua perseguição não se encerra na figura de Bolsonaro, mas de 58 milhões de brasileiros que votaram nele e que jamais esquecerão o que está sendo feito com a reputação e a honra de um presidente eleito democraticamente, sem ajuda da mídia e nem de verbas ilícitas.

*Realidade da saúde no Amazonas revelada por quem está no front da guerra contra o Covid-19*

A reportagem aparentemente combinada entre a Globo e o governo do Amazonas não mencionou, por exemplo, que o Governador Wilson Lima (PSC) comprou ventiladores domésticos em loja de vinhos frequentada por políticos influentes de Manaus, quando deveria ter adquirido ventiladores para suporte avançado de vida. Os ventiladores comprados com o dinheiro público, em regra custam de R$10 a R$20 mil, mas foram adquiridos por R$100 mil conforme denúncia do Vereador Marcelo Serafim (PSB) Manaus, isto é, 300% mais caros.

A Superintendência de Saúde do Amazonas (Susam) contratou o Hospital Universitário Getúlio Vargas para servir de retaguarda, recebendo casos que não fossem do Covid-19 com o propósito de “desafogar” o hospital Delphina Aziz, especialista em alta complexidade. O mandatário ainda trocou o secretário Rodrigo Tobias por uma profissional que não é de Manaus, indicada por ninguém menos do que por João Dória Jr. Governador de São Paulo e conspirador, ao lado de Rodrigo Maia, Alcolumbre e membros do STF.

Simone Papaiz saiu de Bertioga, cidade paulista com menos de 60 mil habitantes, direto para Manaus com a responsabilidade de administrar a saúde de quatro milhões de pessoas. O ato desagradou à classe médica do Amazonas, uma vez que o estado possui profissionais experientes e capazes de lexas do pais em virtudes da extensão territorial.

Profissionais de enfermagem terceirizados não recebem salários em Manaus há quatro meses. Ao assumir, o secretário anterior, Rodrigo Tobias, amigo do governador, trocou enfermeiros experientes e altamente capacitados por uma empresa terceirizada pertencente à família Calderaro, uma das maiores doadoras (não declaradas) de campanha de Wilson Lima e concessionária, sem licitação, de rede de transmissão de TV pública, a Rede Calderaro de Comunicação (RCC), antiga repetidora da TV Record.

Na substituição da empresa de enfermagem houve licitação, mas os documentos apresentados são fraudulentos e foram questionados em juízo. O resultado espera por decisão judicial há mais de um ano. Vale lembrar que o vice-governador do Amazonas é um defensor público licenciado.
Mais grave ainda é o fato do Hospital Delphina Aziz possuir dois andares com 200 leitos desativados, servindo de depósito e ao custo de R$170 milhões. O hospital nunca trabalhou com a sua capacidade plena e poderia resolver o déficit de leitos da capital se tivesse montado. O recurso usado para alugar o Hospital Universitário Nilton Lins (particular), R$2,6 milhões, antes alugado para UNIMED Manaus por R$800 mil, e que seria suficiente para equipar os 200 leitos do Delphina Aziz.

Cerca de 500 médicos e 200 enfermeiros especialistas em urgência e emergência, alguns com mais de 20 anos de experiência, deixaram o Amazonas por falta de pagamento de salários e desestímulo. Os dados foram apurados junto a profissionais da saúde de diversos níveis em Manaus e confirmam que a matéria da Globo visava proteger o governador Wilson Lima e expor o governo federal.

*Intervenção Federal na saúde do Amazonas*

Na manha desta segunda feira (20), com voto de 13 parlamentares, a Assembleia Legislativa do Amazonas, inclusive deputados da base do Governador Wilson Lima aprovaram pedido de intervenção federal na saúde, e já enviaram carta ao Presidente Jair Bolsonaro. Alem da desorganização flagrante, há indícios graves de desvios na aquisição de equipamentos e mau uso das verbas enviadas para combate à pandemia.

A população do Amazonas não teve acesso até agora aos valores e destinação das verbas federais que foram repassadas para o governo estadual. Com a intervenção o Governador perde o poder na gestão da saúde que deverá ser feita por um interventor federal. O estado registrou 185 mortes, sendo 156 em Manaus, e 1.165 notificações de casos confirmados de Covid-19.

*Oportunidade para o Ministério da Saúde iniciar o confinamento vertical*

Com a decretação de intervenção federal na saúde do Amazonas, o Ministério da Saúde tem a oportunidade de colocar ordem na casa e iniciar de forma segura um plano de isolamento vertical, que se exitoso, servirá para todo o país, tirando o Brasil da trilha do caos econômico que poderá vir em virtude do confinamento horizontal defendido por governadores e prefeitos interessados em fazer política e angariar recursos a fundo perdidos para serem usados sabe-se Deus com qual propósito.

jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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