O para e anda, mais para do que anda que gera prejuízos para o bolso e a saúde de quem mora em Belo Horizonte

A falta de sincronia dos semáforos da capital gera prejuízos incalculáveis para a população e virou assunto de saúde pública

O danos ao meio ambiente, a saúde física e mental são grandes em virtude da falta de sincronia dos sinais de Belo Horizonte. Não existe na cidade que possui o maior número de semáforos do Brasil, uma única via com sinais sincronizados em onda verde. Ao contrário, a onda vermelha prevalece nas vias arteriais, nos grandes corredores e em praticamente todas as ruas e avenidas da cidade, valendo para todas as regiões.

A palavra fluidez parece ser proibida no Centro Operações da Prefeitura – COP, que funciona não se sabe bem com que objetivo, nas dependências da BHTrans no Buritis. De lá, os técnicos tem uma visão em tempo real do que acontece nas principais vias da cidade. Não é necessário ser especialista e nem muito inteligente para deduzir que a política de contenção do tráfego é proposital, ainda que seja prejudicial e burra.

Cada vez que um motorista encontra pela frente um sinal fechado, instintivamente ele acelera para tentar pegar o próximo aberto. É nesta hora que os acidentes acontecem. Portanto, se a razão dos técnicos é evitar atropelamentos e acidentes, visão limitada diga-se de passagem e de cunho ideológico, o efeito é exatamente o contrário.

Falta de fluidez aumenta o gasto de combustível, polui a cidade, deixa o motorista estressado e propenso a comportamento agressivo, além de despejar na atmosfera um elemento químico extremamente prejudicial à saúde.

Os componentes químicos das pastilhas geralmente contêm uma mistura de vários materiais, incluindo metais pesados (como cobre e zinco), fibras, resinas e outros aditivos. Algumas das preocupações de saúde incluem:

  1. Poeira de Freio: A ação de frenagem gera poeira de freio, que pode ser inalada. A exposição contínua a essa poeira pode causar problemas respiratórios e outras doenças pulmonares.
  2. Amianto: Antigamente, muitas pastilhas de freio continham amianto, uma substância conhecida por causar doenças graves, como asbestose, mesotelioma e câncer de pulmão. Embora o uso de amianto em pastilhas de freio tenha sido amplamente banido em muitos países, ainda pode haver riscos em veículos antigos ou em pastilhas importadas de países onde o banimento não é rigoroso.
  3. Metais Pesados: Metais como cobre, zinco e chumbo, presentes em algumas pastilhas de freio, são tóxicos e podem causar danos ao sistema nervoso, rins e outros órgãos se inalados ou ingeridos em quantidades significativas.
  4. Fibras e Resinas Sintéticas: A inalação de fibras sintéticas e resinas usadas nas pastilhas de freio pode causar irritação das vias respiratórias e reações alérgicas em algumas pessoas.

Agora imagine uma cidade como Belo Horizonte com 2 milhões de veículos soltando poeira de freio 24 horas? Cada veículo tem no mínimo 4 ou 8 pastilhas de freio, o que perfaz uma média de 6 milhões de pastilhas de freio sendo acionadas o tempo inteiro em virtude da falta de sincronia semafórica.

Sou capaz de apostar que nenhum vereador ou candidato à prefeito tenha consciência dos prejuízos desta política de contenção de tráfego adotada pelos técnicos do COP. A mesma BHTrans que um dia já fez propaganda, gastou recursos expressivos em equipamentos que permitem semáforos em onda verde, hoje age equivocadamente em relação à gestão do tráfego que beira o colapso.

A falta de compromisso com fluidez e a incapacidade de prover as obras que a cidade precisa e que já deveriam ter sido feitas há 50 anos salta aos olhos de qualquer cidadão minimamente informado. São mais de 200 intervenções de engenharia que não podem mais serem proteladas, ou substituídas por puxadinhos. Com a palavra, os candidatos à prefeitura de Belo Horizonte.

José Aparecido Ribeiro é jornalista, membro do Observatório da Mobilidade e do CODESE.

www.conexaominas.comwww.zeaparecido.com.br – WhatsApp: 31-99953-7945

Você pode colaborar com a manutenção deste Blog anunciando, compartilhando o conteúdo e doando pelo pix: 31-99953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias relacionadas