O risco de faltar água em BH é real e iminente

A carta a seguir foi enviada ao Blog por um leitor que parece entender bem do que está falando. Achei por bem publica-la, pois trata-se de um alerta que merece atenção das autoridades, pelo menos aquelas que tem juízo, se é que exista alguma autoridade neste Estado e na cidade de Belo Horizonte preocupada com a coletividade e com a hipótese de BH ficar sem água potável nos próximos mêses.

POR, Daniel (Edgar Cosmos) leitor do Blog SOS Mobilidade Urbana – Na íntegra

“Prezado

Em relação ao Sistema Paraopeba é relativa, a ideia de fazer campanha de uso consciente de água. Mesmo assim, não será suficiente. Há um déficit hídrico em nossa Região Metropolitana, não visto e não atendido pela Copasa, que insiste de forma cínica, pra não dizer psicopata, “que está tudo em normalidade, sob controle”.

Quando nossos “governos” falam que está tudo “sob controle”, eu entro em pânico, quase uma síncope! Acho que vou surtar!

Quanto ao Sistema Rio das Velhas, não, este sistema está baseado na captação à fio d’água. Se consumirmos, a água vai embora, se não consumirmos, a água continua correndo, passando pelo leito do Rio e seguindo adiante.

O que a Copasa DEVE fazer é investir na infraestrutura. Eu cheguei a questionar a responsável pelo abastecimento de água, através de mensagem enviada para a ouvidoria, atendimento ao cliente, em qual providência seria tomada em tempo urgente, caso as represas de Rio Manso e Serra Azul, as principais do Sistema Paraopeba, fosse atingidas pelo rompimento das barragens de rejeitos da Arcelor Mittal em Itatiaiuçu, e Mineração Morro do Ipê, em Igarapé, respectivamente.

Nem comento a questão do Sistema Rio das Velhas. A resposta – PA-TÉ-TI-CA. IR-RE-LE-VAN-TE.

Típica do nosso serviço público. Então, estamos reféns.

Certo?Não há o que fazer. Como disse, a Copasa precisa investir em infraestrutura em um novo local de captação e armazenamento de água. Que seja no Rio Taquaraçú, até mesmo no Rio Cipó.

Fora isso, sem solução. Quanto à Represa Rio Manso, eu quero deixar a mostra, como que nossos “gestores” andam em círculos: A represa em questão, além dos mananciais existentes (Rio Manso, Rio Veloso) recebia água do Rio Paraopeba, através daquela obra tão propagada de captação, que acabou sendo tragicamente atingida pelos rejeitos da Vale.

 Agora, a Vale quer construir um novo ponto de captação de água ligeiramente acima do local atingido. Ou seja, perdemos a infraestrutura construída (dinheiro público desperdiçado). E o pior, esse local pode sim, ser atingido por uma nova avalanche de rejeitos. Desta vez, rejeitos minerários vindos de Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional, em Congonhas. Um assombro, né?…

Pois é, esse povinho roda ou não roda em círculos?

Uma vergonha”.

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias relacionadas