Palavras de conforto às “viúvas” de Sérgio Moro, que idolatram o Juiz, sem conhecer o caráter do homem

O Brasil foi surpreendido na manhã dessa sexta-feira (24) com a notícia da “deserção” do Ministro Sérgio Moro do governo Bolsonaro, após chantagem para manter o chefe da Polícia Federal no cargo. Pelas redes sociais, a principal aposta era de que o presidente acabara de dar um tiro no próprio pé, ao não aceitar a imposição de Moro. No entanto, na tarde do mesmo dia, em coletiva de imprensa ao lado do seu time de ministros leais, Bolsonaro dá a volta por cima e não só confirma sua decisão de demitir o chefe da Policia Federal, como desvela mais uma trama contra seu governo.

Bolsonaro botou a prova sua capacidade de enxergar além das aparências duas vezes em meio a uma crise sem precedentes, ao demitir o Ministro Henrique Mandetta da saúde e agora, ninguém menos do que o juiz mais popular da história do Brasil e ex-ministro da justiça Sérgio Moro. Só por isso merece o respeito de quem sabe separar os sentimentos comandados pelo cérebro daqueles que tem origem no fígado. Razão e paixão surgem no mesmo corpo metaforicamente, mas em partes distintas que por si dizem muito de suas funções.

A descoberta da trama

O presidente parece ter faro fino para descobrir tramoias, ainda que tenha que desafiar a confiança dos seus próprios eleitores. Muitos inclusive ficaram pelo caminho, desertaram e não conseguiram compreender que Moro, na condição de ministro, não teve a mesma relevância e desenvoltura que esboçava no papel de juiz da “Lava Jato” em território que dominava e agia como um rei, a 3ª Vara da Justiça Federal de Curitiba. Vamos aos fatos, sem paixões, convidando o leitor ao exercício da lógica que o filósofo Platão dizia ser a via recomendável para o caminho que leva a “verdade”.

À medida que a poeira baixa, vai se tornando visível que, ao se demitir, Sérgio Moro revelou para espanto de parcela da sociedade brasileira que o admirava, que algo insuspeitado lhe falta. E por incrível que isso pareça, quando levamos em conta as suas grandes qualidades, e não consideramos a sua imaturidade, refiro-me ao caráter do ex-magistrado.

Quem é Sérgio Moro

O magistrado Sérgio Moro se consagrou na carreira de juiz e “patriota” ao comandar a “Operação Lava Jato” na “República de Curitiba”, pegando emprestadas as palavras do ex-presidente Lula, cuja mão forte de Moro se fez presente ao decretara a sua prisão. Graças a isso, Moro ganhou notoriedade, simpatia e o respeito do povo, tornando-se ídolo. Por ter sido o comandante do desmonte do maior esquema de corrupção da história do Brasil, Moro já teria um lugar na história, assim como ocorreu com o juiz italiano Giovanni Falcone ao mandar para cadeia, mafiosos temidos.

Pelo sucesso e projeção, Moro se tornou uma referência em justiça, esperança de uma população descrente com o poder judiciário em um país que durante toda a sua história, com breves intervalos como no período de 1964 a 1985, sempre foi pilhado por políticos e servidores públicos desonestos. Era sem dúvida o nome mais indicado para ocupar o ministério da justiça. Qualquer presidente eleito que não fosse da esquerda e de partidos que saíram ilesos das garras da “Operação Lava Jato”, (pouquíssimos), teria convidado Moro, pelo seu legado e até como forma de reconhecimento pelo brilhante trabalho em prol da justiça no Brasil.

O erro do presidente e do próprio juiz

No entanto, nem sempre o sucesso em uma missão se repete em outra. O juiz exemplar não foi o ministro eficiente que Bolsonaro esperava. Isso vale para qualquer profissão. Um bom atacante costuma não ser o melhor lateral direito, sobretudo se for canhoto. O erro na escalação pode colocar o time todo na berlinda e não é por acaso o valor que se atribui a um técnico de futebol.

Moro abriu mão da carreira, achando que seria no Ministério da Justiça o que foi na 3ª Vara da Justiça Federal de Curitiba. No ministério não basta conhecer as leis e dominar o direito, é preciso mais do que talentos técnicos. É fundamental lembrar que além da técnica, existe a política. Na 3ª Vara Federa ele era o papa, já no Ministério da Justiça virou bispo, e isso faz toda a diferença, levando sua desenvoltura cair consideravelmente.

Seu papel de coadjuvante trouxe à tona o pior dos defeitos humanos, sobretudo aqueles que experimentam a fama repentina e perdem a virtude da modéstia, oferecendo à vaidade o domínio do ego. Moro foi omisso em dezenas de oportunidades, negando posturas firmes como as que escolheu na condição de Juiz.

Provas da omissão e da imaturidade de Sérgio Moro

Cito quatro exemplos recentes e que ficaram sem respostas: 1. Os episódios de prisões arbitrárias a cidadãos que tiveram o direito de ir e vir cerceados, sendo agredidos por policiais e servidores de guardas municipais, sem resposta da justiça; 2. Não envidou esforços para descobrir o mandante da tentativa de assassinato do Presidente da República, “inexplicavelmente”; 3. No momento em que STF soltava líderes de facções criminosas, Moro, mais uma vez, calou-se; e 4. O então ministro não deu uma palavra sobre as constantes interferências do legislativo e judiciário no poder executivo nas ações de combate a pandemia, demonstrando sua ingratidão pelo presidente que confiou na sua lealdade.

Mas nada supera a traição revelada na exibição de conteúdo particular do celular ao maior inimigo de Jair Bolsonaro, a Rede Globo de televisão, que há muito trocou o jornalismo pelo ativismo partidário descaradamente. O episódio me faz lembrar a história do escorpião e do sapo que encerra o caráter de qualquer homem, nos momentos que são colocados à prova. Como toda estrela, negligenciou o bom senso, não soube esperar o seu momento e perdeu a oportunidade de sair com honra, deixando o ministério e a vida pública como um covarde traidor, aliado da Rede Globo de televisão.

Encerro clamando a Deus por Bolsonaro e pelo país, pedindo proteção contra as maldades, dando ao presidente clarividência, lucidez, sabedoria e força para não se curvar aos inimigos que conspiram diuturnamente, esperando e tramando para destituí-lo do cargo de Presidente da Republica, eleito por 58 milhões de brasileiros que apesar dos seus defeitos, seguem acreditando nele.

e-mail: jaribeirobh@gmail.com – 31-99953-7945 WhatsApp

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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