Dizem que o pior cego é aquele que não quer ver. Mas quando a cegueira afeta o coletivo, como vem acontecendo com boa parte dos belo-horizontinos, salvo exceções que não são poucas, o assunto ganha outros contornos. Explico a razão da introdução. A prefeitura de BH segue insistindo no uso de máscaras em locais abertos onde elas são dispensáveis. Mantém também barreiras sanitárias e fechamento de praças, inutilmente. Por que?
As três ações são feitas sem critérios e ao custo de alguns milhões de reais, me fazendo pensar em três hipóteses: Interesses escusos inconfessáveis; insensatez despropositada ou premeditada; e jogo de cena para manter a quarentena e empurrar o decreto de emergência até 31.12.2020, adiando inclusive as eleições municipais marcadas para outubro próximo.
A três hipóteses são graves e deveriam merecer atenção do Ministério Público do Patrimônio, da Justiça Eleitoral e posteriormente do Ministério Público de Contas. Deveriam também despertar o interesse do legislativo municipal, mas esse todo mundo sabe, é tão somente um puxadinho do gabinete do prefeito. A exceção de dois ou três vereadores, o restante da matilha faz exatamente o que Kalil manda. Quem cuida do tema na CMBH é uma raposa experiente que responde pela alcunha de Léo Burguês (PSL).
As palavras a seguir são de um leitor que sugeriu este artigo, o nome dele é Alex Maciel e suas ponderações por si só dizem a que ponto chegou à passividade do povo belo-horizontino que ainda acredita nas “boas” intenções do prefeito. “Repare como as barreiras sanitárias de BH são ridículas, só atrapalham a vida das pessoas criando engarrafamentos inúteis”. O leitor continua, “vê se alguém estará no trânsito com 40° de febre, ao invés de procurar ajuda médica?”.
Alex segue fazendo questionamentos oportunos que precisam ser respondidos pela entourage do prefeito e pela justiça, já que ele conversa com eleitores só em véspera de eleição: “Qual a razão de manter tais barreiras, se durante a madrugada, sábado e domingo, elas não funcionam”? Será que o vírus Chinês só circula em dia útil e horário comercial? O leitor encerra fazendo outra pergunta: “E ambulâncias em socorro ficarem presa nas barreiras, resgates do SAMU ou viaturas da polícia atendendo a chamados”? “Tudo isso é patético”, encerra Alex.
Máscaras estocadas e licitação suspeita
A prefeitura gastou milhões com aquisição de máscaras que estão estocadas de acordo com denúncia do Vereador Fernando Borja (Avante), valores questionados em face da discrepância entre fornecedores. Outro gasto que não se justifica é o das grades que cercam praças da capital inutilmente, haja vista que as atividades estão sendo feitas no meio das ruas com risco de atropelamento. Lembro ainda que vários locais de atividades físicas estão abertos, afastando a tese de contágio ao ar livre.
Por que só os que consomem volume expressivo de grades seguem cercados? Fica evidente que por trás da aparente preocupação da PBH, há interesses poucos republicanos que jamais serão admitidos e que não são os que a propaganda oficial mostra. Até quando vamos continuar fingindo que está tudo bem e fazendo vista grossa para ações inaceitáveis do prefeito? Você tem duvidas do que está por trás disso às vésperas de mais um pleito municipal?
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